AFA forma as primeiras mulheres aviadoras do país

Fabrícia Aguiar, Camila Bolzan, Juliana Barcellos, Joyce Conceição, Carla Borges, Gisele Oliveira, Márcia Cardoso, Dayana dos Santos, Adriana Gonçalves, Daniele Lins e Fernanda Görtz. Há pouco tempo, esses 11 nomes eram de mulheres anônimas. No dia 30 de novembro, elas entraram para a história da Força Aérea Brasileira e até mesmo do Brasil.

No ano em que se comemora o centenário da conquista do céu, feito só obtido pela ambição do brasileiro Alberto Santos-Dumont por revolucionar os meios de transporte, essas jovens, de 20 a 24 anos, também conquistaram um sonho, tanto quanto audacioso: integrar a primeira turma de militares aviadoras do país.

Depois de quatro anos de muito treinamento e esforço, chegou o dia da tão sonhada formatura. Na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga-SP, mesmo junto com os 158 cadetes aviadores, intendentes e infantes que se formaram, as atenções estavam voltadas para elas. A partir daquele momento, pilotar avião militar não era apenas privilégio de homens.

Na cerimônia de entrega da Espada, símbolo do oficialato, era impossível segurar a emoção. Lágrimas, abraços, e sentimento de dever cumprido. “A conquista é muito grande para a gente”, diz a agora aspirante-a-oficial aviadora Gisele Oliveira.

A emoção tomou conta também dos pais. “Meu coração está quase saindo do peito, estou sem palavras para dizer aquilo que sinto nesse momento”, afirma a mãe da Dayana, uma das jovens aviadoras militar, Rozane dos Santos Souza.

Nem bem a formatura terminou, e os aspirantes-a-oficial já estavam sentindo saudades. “Cumprimos a meta inicial das nossas vidas. Agora, a gente vai se espalhar pelo mundo e ter outras metas a cumprir”, afirmou o aspirante-a-oficial aviador Marques.

Quem segue a carreira de aviador irá para Natal-RN ou Fortaleza-CE para se especializar durante um ano na aviação que escolheu, seja ela a de caça, transporte, patrulha, reconhecimento ou asas rotativas (helicóptero). Os intendentes e infantes serão designados às unidades da FAB espalhadas pelo país para desempenhar as funções que aprenderam na AFA.

Mulheres militares

As mulheres já não eram mais novidade na Academia da Força Aérea desde 1996, quando foi permitido o ingresso de garotas para o Curso de Formação de Oficiais Intendentes, responsáveis por desempenhar as atividades administrativas da Força Aérea Brasileira.

Para o Curso de Formação de Oficiais Aviadores, as mulheres só puderam entrar na AFA em 2003. Ao todo, 19 garotas se interessaram por esta carreira, mas nove desistiram ou não puderam terminar o curso.

Fonte: CECOMSAER

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