FAB espera assinar acordo em breve

InfoRel

O Comando da Aeronáutica espera poder assinar em breve o contrato que permitirá a montagem de 50 aeronaves C-212 Aviocar, da empresa espanhol EADS/Casa, num dos parques de material aeronáutico da FAB em São Paulo ou Lagoa Santa (MG).

O contrato deveria ter sido assinado em setembro. Devido a um termo de confidencialidade assinado pelas quatro partes envolvidas (FAB, EADS/CASA, LET e PZL), os valores poderão ser divulgados apenas após a assinatura do contrato. O InfoRel foi informado por fontes da própria FAB que o valor do contrato é de US$ 300 milhões.

No Orçamento de 2007, o Comando da Aeronáutica terá cerca de R$ 429,5 milhões para os programas de reaparelhamento e modernização da força. No entanto, os recursos para o Programa CT-X deverão sair de um empréstimo internacional a ser aprovado pelo Senado Federal.

De acordo com o Comando da Aeronáutica, o modelo C-212-400 venceu o processo de seleção de uma Aeronave Regional de Transporte Tático Militar, que vai substituir as aeronaves C-95 Bandeirante.

Segundo a FAB, quatro empresas retiraram a carta-convite, sendo que três prosseguiram no processo: EADS/CASA, LET TEAM e PZL Mielec. O C-212, ainda de acordo com a FAB, foi o modelo que melhor se adequou aos requisitos operacionais e técnicos previstos no processo.

Para substituir o Bandeirante, a FAB exigiu uma aeronave “turboélice robusta, com asa alta e trem de pouso fixo, fuselagem com porta de carga e rampa traseira, de fácil manutenção, ampla capacidade de integração de diversos sistemas, possibilidade de operação em pistas curtas e não-pavimentadas, e em diversas configurações”.

A FAB também assegurou que as aeronaves serão montadas com a utilização de mão-de-obra brasileira. Há também a expectativa de que parte das peças e componentes sejam produzidas por indústrias brasileiras.

Para tanto, a FAB destacou que o Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, esteve na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no dia 12 de julho. Na oportunidade, ele apresentou o projeto de montagem das aeronaves a empresários do setor aeronáutico.

Bueno acredita que o programa poderá constituir-se num “importante fator de geração de empregos, além de proporcionar a elevação da capacitação no país, com a aquisição de novos conhecimentos, tanto na área de material quanto na de recursos humanos. Gradativamente, seria alcançado um nível maior de nacionalização, ou seja, as peças, cada vez mais, seriam fabricadas no Brasil”, explicou.

O projeto também poderá funcionar em sistema de parceria com outros países sul-americanos, por meio de suas empresas fabricantes de peças aeronáuticas, o que permitirá uma maior integração no âmbito militar.

O modelo CASA C-212-400 é utilizado em países como Chile, Equador, México, Portugal, Paraguai, República Dominicana, Suriname, Espanha e Venezuela. A Força Aérea revelou ainda que o Tribunal de Contas da União (TCU) acompanha todo o processo desde o início.

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