Venezuela fará avião militar com Irã

Governo de Chávez firma acordo com Teerã para desenvolver aeronave não tripulada e recuperar caças F-5


Poder Aéreo

O governo da Venezuela anunciou ontem ter firmado um acordo de cooperação técnica com o Irã para a construção de aviões militares não tripulados e a recuperação de caças F-5 - para os quais os EUA se negam a oferecer manutenção. 

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F-5 venezuelanos | Reprodução

O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa venezuelano, general Raúl Isaías Baduel. Os aviões não tripulados, conhecidos como “drones”, são utilizados com sucesso pelos EUA no Iraque e no Afeganistão em missões de espionagem e apoio a ofensivas por terra. “No acordo com o Irã, manejamos a idéia desse tipo de equipamento”, declarou Baduel. “Temos um avanço nos trabalhos de nossa aviação militar em relação ao projeto de um avião não tripulado.”

O ministro acrescentou que a recusa dos EUA em fornecer peças de manutenção para os F-5 da Força Aérea venezuelana obriga o governo a “buscar em países amigos uma plataforma de suporte para que as aeronaves se mantenham em nível de eficiência operativa”.

Há um ano, os EUA negaram à Espanha licença para a venda de aviões militares que utilizam componentes americanos. No fim de 2006, a Venezuela comprou 24 caças Sukhoi-30 da Rússia, além de 53 helicópteros artilhados MI-24 e 100 mil fuzis Kalashnikov.

Baduel também afirmou que a Lei Habilitante - pela qual a Assembléia Nacional dará a Chávez poderes plenos para governar por decreto - regulamentará a “participação ativa dos militares na missão de ajudar no desenvolvimento nacional”. Vários planos de governo de Chávez são organizados em missões de características militares, como as de alfabetização e acesso a serviços de saúde de parte da população.

Também ontem, o presidente mexicano, Felipe Calderón, respondeu às acusações feitas por Chávez - que o qualificou de “seguidor de seu antecessor, o cãozinho do império Vicente Fox”. “É indispensável que os líderes latino-americanos possam expressar-se de forma madura e sem desqualificações pessoais”, disse Calderón.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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