Mais detalhes do novo Su-35 apresentados na LAAD'07 no Rio de Janeiro

Os representantes das empresas russas presentes na última edição da feira LAAD 2007 como sempre não eram dos mais abertos para comentar com a imprensa sobre os novos modelos da sua industria aeroespacial. Mas, curiosamente, três folhetos do novo monoplace Su-35 (antes chamado de Su-27BM) distribuídos na feira adiantavam algumas novidades e tiravam dúvidas sobre as demais características do tão esperado avião de caça multifuncional russo.

As imagens digitalmente criadas confirmam que os “canards” e seu pesado reforço estrutural realmente foram excluídos do projeto e com eles quase uma tonelada do peso vazio. A turbina de 14500 kgf, usada nos modelos de exportação, é identificada agora unicamente como ‘117C’, fugindo do padrão “AL-31XX” dos aviões anteriores. A durabilidade do novo modelo é cotada como sendo de 4000hrs, a despeito do emprego de um novo sistema de empuxo vetorado.


Aparentemente serão usados cabos de fibra ótica por todo o avião (fly-by-light?), substituindo os cabos de cobre tradicionais. Revolucionário também é o novo “painel limpo”, com dois imensos painéis LCD multifuncionais dispostos lado a lado. No exterior, pela primeira vez na família Flanker, um par de tanques externos conformais PTB-2000 de 2000 litros cada.


Nos esquemas de montagem de armamentos externos dos folhetos, mais “mistério”: um novo míssil antiaéreo de longo alcance (5 deles!), talvez o R-37 do MiG-31M; um imenso míssil ar-terra carregado no vão existente entre as duas turbinas, e uma carga tripla de um novo “Míssil Anti-Navio de Longa Distância”. Outra possibilidade seria uma carga quíntupla de um novo Míssil Anti-Radar de Alcance Aumentado. As pontas das duas empenagens verticais voltam ao formato mais baixo do Su-27, em substituição ao modelo mais alongado (e mais pesado) do Su-35 anterior. O canopi receberá uma nova camada electro condutora como forma de reduzir o eco radar deste grande avião.


No campo da Guerra Eletrônica, um equipamento interferidor não especificado (Sorbtsiya?), que consegue operar em vários modos: “Auto-defesa”, “Proteção Mútua” ou mesmo “Proteção de Grupo”. O novo radar (Irbis?) exibe uma antena “Phased Array” com varredura eletrônica. Ele também é capaz de acompanhar 30 alvos aéreos ao mesmo tempo e controlar o ataque com mísseis a oito destes inimigos ao mesmo tempo.Na arena ar-terra os números não são menos impressionantes: quatro alvos acompanhados ao mesmo tempo e dois sendo atacados de uma só vez. Uma das características mais surpreendentes sem dúvida reside na capacidade nativa do uso do datalink padrão “Link-16” da OTAN. A vida útil citada em um dos folhetos é de 6000 horas ou 30 anos de operação contínua, nada mal para um caça russo.


Quando perguntamos a um representante russo na LAAD quando o primeiro protótipo voaria pela primeira vez, a resposta foi curta e objetiva: “Logo, em agosto”, e nada mais. A novidade deve coincidir com a feira MAKS a se realizar em Moscou. Além da Força Aérea Russa dois outros países já demonstraram interessa pelo Flanker modernizado monoplacxe, o Brasil e a Venezuela. Será que ele vai conseguir clientes com a mesma competência dos Su-30? Será que China e Índia, os maiores usuários de Flankers for a da Rússia virarão clientes? Isso é uma resposta por enquanto sem respostas, aguardemos a chegada do novo Su-35.


Fonte: ALIDE

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