Britânicos negam cortes dramáticos na defesa

Principais programas mantêm a Grã Bretanha como força mais poderosa da Euro


Área Militar

O ministro britânico da defesa, Alistair Darling, veio mais uma vez a público afirmar que ao contrário das notícias que vieram a público na imprensa britânica, não está previsto nenhum corte dramático no orçamento de defesa da Grã-bretanha.


Resultado de imagem para Alistair Darling
Alistair Darling | Reprodução

As afirmações parecem ter mais a ver com o actual ambiente político no país, onde se discute a possibilidade de convocação de eleições e onde a politica do novo primeiro-ministro tem vindo a ser colocada em casa para o tentar desgastar em caso de efectivamente ocorrer uma consulta ao eleitorado.

Um dos exemplos, é a afirmação divulgada pela imprensa de que haverá um corte no numero de porta-aviões de três para apenas dois, quando se sabe que apenas um dos novos porta-aviões britânicos, será mais poderoso que todos os três pequenos porta-aviões britânicos juntos, dos quais de qualquer forma, apenas dois estão operacionais.

Na realidade, considerando os dados conhecidos, as forças militares da Grã-bretanha deverão manter a liderança como a mais poderosa força armada da Europa Ocidental, pelo menos até ao início da terceira década do século.

A capacidade de projecção de poder aeronaval da Grã-bretanha vai aliás aumentar quando os novos porta-aviões (que com um deslocamento entre as 60.000 e as 70.000 toneladas serão os maiores navios de guerra algumas vez construídos por um país Europa Ocidental) entrarem ao serviço, ficando o país com uma capacidade de projecção de poder à distância que não tinha desde a II Guerra Mundial.

O ministro no entanto não desmentiu a redução já esperada no número de contratorpedeiros da classe Daring, que pelo menos para já se mantêm em seis (quando inicialmente se previam doze), embora também não esteja descartada a possibilidade de o seu numero se vir no futuro a fixar em oito.

A marinha continua com planos para receber os novos caças Stealth F-35B de descolagem vertical adequados para operações marítimas e na Força Aérea o número de caças Typhoon não sofrerá alterações de maior. O ministro também afirmou o compromisso britânico de aumentar a capacidade do país em termos de meios de transporte aéreo, reafirmando a aquisição tanto de aeronaves Airbus A-400 como de outros tipos de aviões de transporte. Sabe-se que o Ministério Britânico da Defesa tem planos para aquisição de mais aeronaves de transporte do tipo C-17.

Em termos de exército, continuam em cima da mesa os programas de modernização dos tanques Challenger, que deverão receber o novo canhão L/55 idêntico ao que equipa o tanque alemão Leopard-2A6, a modernização de um lote de veículos FV-432 bem como os estudos para a substituição de toda a família de veículos de combate ligeiros da Alvis, como o Stormer, o Stryker e o Spartan.

Já no campo dos veículos ligeiros, as opções britânicas têm sido muito criticadas, pois são estas forças que estão destacadas no Iraque e no Afeganistão, e os novos meios de protecção para forças de patrulha não parecem ser devidamente adequados para as missões que foram confiadas às tropas.

No que respeita a reduções, há no entanto uma redução certa, constituída na retirada de cerca de 1.000 militares do contingente britânico no Iraque, parte dos quais deverá ser retirada até ao Natal.


Postar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem