Brasil propõe comissão para investigar ação militar



BRASÍLIA - O governo brasileiro propôs ontem ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, a criação de uma comissão de investigação para apurar a ação militar da Colômbia em território equatoriano. A proposta será analisada hoje, em reunião extraordinária da OEA.

De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o Brasil também defende que Insulza visite os dois países. Amorim disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já conversou, por telefone, com os presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe, e do Equador, Rafael Correa.

Segundo o ministro, Uribe reconheceu a invasão territorial e afirmou ter pedido perdão por essa ação militar, que considera justificada. De acordo com Amorim, o pedido de desculpas não foi aceito e Correa rompeu relações diplomáticas com a Colômbia na tarde de ontem.

"Não há dúvida que uma violação territorial é algo condenável", avaliou o chanceler brasileiro, para quem cabe ao país que comete a ação militar provar que estava diante de circunstâncias que atenuem a violação.

A pedido do presidente Lula, Amorim já fez contato com chanceleres de outros países da América do Sul, que articulam uma forma de mediação. "Passei as últimas 48 horas empenhado em buscar um ponto de convergência entre Equador e Colômbia."

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