Em guerra, colombianos teriam vantagem

A Aviação emprega largamente helicópteros e a frota de Super Tucano, da Embraer - dois deles lançaram as bombas dirigidas por laser que atingiram o acampamento de Raúl Reyes.


Zero Hora


Na hipótese de um conflito com a Venezuela e o Equador, a Colômbia contaria com a experiência acumulada ao longo dos mais de 40 anos de luta contra as Farc.

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A-29 Super Tucano colombiano | Reprodução

O exército colombiano é atualmente o mais bem treinado e equipado da América Latina, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres. Essa condição foi atingida graças ao Plano Colômbia, mantido pelos EUA, ao custo de US$ 4,15 bilhões em sete anos. O pacote de apoio incluiu helicópteros Black Hawk em versões sofisticadas, treinamento especializado em bases dos EUA, preparação física, disciplina e adequação de material.

Corporações militares privadas como a DynCorp, a ManTech, TRW e Matcom foram contratadas para cuidar do diferencial: a produção de informações de inteligência. Uma rede de sete radares de vigilância funciona em toda a área sensível, no interior do país e nas fronteiras com a Venezuela e o Equador.

A vigilância é feita também por aviões como o RC-7, comprado em 2001, e os grandes Awacs americanos, que operam a partir da base de Manta, no Equador.

Com mais de 200 mil combatentes, a tropa colombiana não tem tanques - prefere os blindados sobre rodas, inclusive o brasileiro Urutu. O país aposta na agilidade de movimento.

A Aviação emprega largamente helicópteros e a frota de Super Tucano, da Embraer - dois deles lançaram as bombas dirigidas por laser que atingiram o acampamento de Raúl Reyes.

A Venezuela ainda não é a potência regional que o presidente Hugo Chávez pretende. Comprou muito - cerca de US$ 4 bilhões - , mas recebeu só a primeira fornada: os 20 caças Su-30 iniciais, 17 helicópteros e, talvez, 100 mil fuzis Ak-47 importados da Rússia. Problema: apenas 12 dos supersônicos estão em condições de vôo. E há poucos pilotos preparados para o uso das aeronaves. Os batalhões deslocados para a fronteira são apoiados por tanques de fabricação francesa e, mais uma vez, pelos brasileiros Urutu.

No Equador, o quadro é melancólico: parte da força aérea está presa ao chão, sem manutenção. E quase todas as máquinas de guerra têm mais de 25 anos de uso, sem revitalização.

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