Ministro admite mobilização do Exército


Brasília

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu, ontem, utilizar o Exército para prevenir um possível acirramento der ânimos nas áreas que invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Lobão disse que o Exército encontra-se nas proximidades da hidrelétrica de Xingó (SE) e garantiu que a invasão da ferrovia de Carajás, da Vale, foi equacionada.

– Além da Vale, algumas hidrelétricas sofreram ações do MST. Já tomei providências com órgãos de segurança do governo e já tivemos a desocupação da Vale. O problema de Xingó está sob controle da Polícia Militar e do Exército, que não está exatamente no local, mas nas proximidades, como ação preventiva – afirmou.

Lobão admitiu o uso do Exército para que se evite "atitudes impensadas" e citou o cerco à hidrelétrica de Xingó como exemplo. Ele destacou que não houve qualquer paralisação em função do que classificou como ação rápida do governo e certa compreensão dos líderes do MST.

- Evidente que o patrimônio do povo brasileiro precisa ser preservado. O governo não deseja um acidente neste percurso e está agindo com prudência que lhe cumpre e a firmeza como deve fazer – observou.

Oposição

Os presidentes do PSDB, Sérgio Guerra (PE), e do DEM, Rodrigo Maia (RJ), se reuniram com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para cobrar providências do governo com relação às ocupações promovidas nos últimos dias pelo MST.

Segundo Guerra, os parlamentares abordaram de forma específica a interdição de estrada no Pará.

– Não é mais uma invasão apenas de uma propriedade ou outra. Mas um esforço de paralisação de atividades econômicas relevantes – afirmou. O dirigente do PSDB relatou que o ministro deu garantias de estar trabalhando com o governo do Pará para que a estrada volte à normalidade.

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