EUA assumem participação na missão "impecável"



WASHINGTON - O governo americano admitiu ontem participação na missão de resgate dos reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, afirmou que os Estados Unidos foram informados desde a fase de planejamento da missão, mas que ela foi concebida e executada pelos colombianos. "Os colombianos não precisavam de luz verde nossa", disse. Dana disse, porém, que os EUA forneceram ajuda operacional e de inteligência.

O almirante James Stavridis, chefe do Comando Sul dos EUA, que é responsável pelo relacionamento militar com a América Latina, disse que muitos de seus subordinados estavam trabalhando em tempo integral pela libertação dos reféns. O Comando Sul conduziu 175 operações de inteligência e 3.600 missões de reconhecimento e vigilância na Colômbia para garantir a libertação dos reféns americanos.

Foram 17.000 horas de vôo consumidas nos trabalhos. Stavridis não especificou quantos americanos estavam envolvidos, mas em um discurso em fevereiro disse que havia 35 de seus funcionários trabalhando em tempo integral. "Quando anunciamos a libertação dos reféns, ouvimos gritos de felicidade no prédio", disse Stavridis em nota.

Investimento

O Comando Sul gastou US$ 50 milhões por ano nas operações, onde foram empregados 300 funcionários do Departamento de Defesa e outras agências. Stavridis mantém uma foto dos reféns em sua mesa desde que assumiu o Comando Sul, em 2006. Heide Bronke, porta-voz do Escritório de Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, fez questão de destacar que a operação foi conduzida e idealizada pelos colombianos, e que foi sensacional. "Mas obviamente nós temos uma relação muito próxima com o exército colombiano e compartilhamos inteligência", disse Heide ao Grupo Estado.

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