O CAÇA GRIPEN


Gripen é o primeiro caça multimissão de nova geração a entrar em serviço. Seu projeto contempla ameaças atuais e futuras e, além disso, atende às rigorosas especificações de segurança de vôo, disponibilidade, eficiência de treinamento e custos de toda a sua vida útil.

Sistemas digitais totalmente integrados conferem ao Gripen a capacidade de dispor de sua força e a inteligência de usar seu poderio objetivando um resultado maximizado. Seus pilotos podem compartilhar informações táticas, em tempo real, com seus aliados e, ao mesmo tempo, permanecer ocultos para o inimigo. A versão biposto do Gripen, com toda a capacidade operacional do monoposto, também se encontra disponível para treinamento com armas técnicas e conversão para a aeronave, assim como para missões especiais de combate.

Em 1997, o Gripen foi oficialmente declarado em serviço pela Força Aérea da Suécia, que encomendou 204 aeronaves, incluindo 28 bipostos. Cinco esquadrões totalmente operacionais daquele país, em múltiplas missões, já registraram mais 40.000 horas de vôo. Em dezembro de 1999, a África do Sul encomendou 28 aeronaves (19 monopostos e 9 bipostos), em substituição de sua atual aviação militar. Desde então, a Hungria encomendou 14 Gripens (12 monopostos e 2 bipostos). A República Tcheca também optou pelo Gripen, para atender às suas necessidades de defesa, tendo encomendado 14 aeronaves (12 monopostos e 2 bipostos). Estes dois países serão os primeiros a operarem caças Gripen, na esfera da OTAN. A Gripen International, respaldada pela SAAB e BAE SYSTEMS, continua ativamente em busca de oportunidades de exportação de seus caças Gripen, em todo o mundo.

Controlando o campo de batalha

Com a capacidade de trocar de missão operacional, em pleno vôo, ao simples toque de um botão, o caça Gripen pode atender às exigências crescentes por múltiplas missões dos campos de batalha do futuro.

O sistema de armamentos do Gripen proporciona confiança total, em termos de defesa e superioridade aérea, devido a seus atributos de combate em condições de grande proximidade. Ao mesmo tempo, apresenta características formidáveis de ofensiva aérea, ofensiva contra navios, reconhecimento e capacidade de treinamento tático avançado.

Um fluxo de dados incorporado e integrado, processado por todos os seus sistemas totalmente digitais, confere ao Gripen o poderio, a inteligência e a agilidade de travar batalhas na “guerra da informação” — tanto para o piloto como para o Comando — obtendo um resultado operacional maximizado.

O Gripen incorpora o datalink mais desenvolvido do mundo, o que aumenta o conhecimento situacional e a eficiência em combate, enquanto reduz o intervalo transcorrido entre o sensor e o disparo para praticamente “em tempo real”.

O projeto do Gripen aproveita amplamente os compostos de fibra-carbono e outros novos mateiriais, tecnologias avançadas de produção, sistemas de computadores integrados, técnicas de fusão de dados e a última palavra em conceitos de aerodinâmica. O resultado é uma aeronave que apresenta altos níveis de eficiência em suas várias funções, reduzidos custos de aquisição, bem como baixas exigências de apoio logístico e baixos custos operacionais e de manutenção durante sua vida útil.

O domínio da guerra da informação

O Gripen caracteriza-se por alto desempenho e excelente manobrabilidade e conta com sistemas de informações e armamentos totalmente integrados para todas as situações de combate aéreo. Uma incomparável associação entre simplicidade e sofisticação equilibra o desempenho da aeronave, dos sensores e das armas. Em combinação com os recursos de datalink, fusão de dados e a avançada interface homem-máquina, oferece um excepcional conhecimento situacional e uma imbatível eficiência em todos os tipos de missões.

No projeto do ambiente do cockpit de superior qualidade, tomou-se como base o princípio de “não precisa, não apresente”, garantindo assim que o piloto receba todo o apoio necessário para tomar decisões sobre operações táticas complexas sem ser distraído por dados supérfluos.

Uma superior capacidade em combate ar-ar, além do alcance visual, conhecido pela sigla BVR (Beyond Visual Range) é obtida graças ao desempenho da aeronave, aos seus modernos sistemas de sensores, ao datalink tático mais desenvolvido em serviço no mundo e à capacidade de lançar mísseis BVR ativados por radar. Tudo isso, associado às suas inerentes baixas assinaturas visual, radar e infravermelho, confere ao Gripen uma decisiva vantagem de combate em relação a seus oponentes.

Em confrontos a curta distância, a capacidade de combate do Gripen é garantida pela combinação de sua configuração delta-canard e estabilidade relaxada. Isso confere uma excelente agilidade e razões de curvas muito rápidas, durante as manobras de combate. Além dos modos de radar de combate em proximidade, o capacete equipado com displays, um dispositivo conhecido pela sigla HMD (Helmet-Mounted Display), pode ser usado pelos pilotos, para dar indicações aos sistemas de busca dos mais modernos mísseis ar-ar de curto alcance.

O controle do campo de batalha, durante operações ar-terra, exige que a aeronave lide com uma ampla gama de alvos, usando uma grande variedade de armamentos. O Gripen pode transportar várias armas avançadas, altamente eficientes, contra objetivos em terra e no mar. O sistema de armamentos do Gripen inclui munições de precisão “inteligentes”, a exemplo de bombas guiadas por laser (LGB) e seu respectivo equipamento de mira FLIR/LDP (forward looking infra-red/laser designator pod). Estes avançados sensores de visada complementam os modos dedicados de radar ar-terra e o datalink tático, atribuindo ao Gripen flexibilidade e eficiência em seus ataques de precisão.

Sob medida para o orçamento atual de defesa

Graças à sua alta disponibilidade, boa capacidade de manutenção e baixa exigência de apoio logístico, uma força de caças Gripen pode proporcionar maior número de sortidas do que qualquer outra aeronave de sua classe ou, alternativamente, proporcionar o mesmo nível operacional com uma força menor.

Com isso, obtém-se um eficiente multiplicador de força em tempo de guerra -- ou sempre que “um fluxo de operações” se fizer necessário -- e se garante que o custo do desdobramento do Gripen para longe de sua base principal seja o mais baixo, em comparação com o de outras aeronaves de sua categoria. Durante as operações realizadas a partir de sua base principal e quando desdobrado, o Gripen requer um mínimo de equipamentos e infra-estrutura de apoio logístico.

O custo operacional do Gripen é 50% menor do que o de outros caças de sua categoria, atualmente em serviço ou programados para entrar em operação. É duas vezes mais confiável e fácil de manter do que seus concorrentes.

Avançada adaptabilidade de armamentos — Atendendo às necessidades de cada um

O Gripen carrega todos os armamentos necessários para atender os atuais requisitos operacionais e cooperar plenamente com forças aliadas. Devido a seu avançado sistema de armas, a futura nova geração de armamentos pode ser facilmente integrada, para fazer frente às ameaças do futuro e atender às necessidades de seu país.

O Gripen se caracteriza por um incomparável mix de simplicidade e sofisticação, com seus flexíveis sistemas de armamentos para qualquer missão — igualmente fáceis de usar por pilotos e equipes de terra, mas letais para o inimigo.

Interoperabilidade mundial

Além das exigências da OTAN de defesa coletiva e operações fora da área, o Gripen está pronto para atender às demandas de qualquer operador, de qualquer parte do mundo. A aeronave está preparada para operar qualquer condição climática encontrada no mundo. Ela possui a interface universal de armamentos MIL-STD 1760, um sistema de comunicações seguras e confiáveis para comando e controle e informação de posição, um completo sistema de navegação e um conjunto IFF mais a capacidade operacional de reabastecimento total no ar (com probe retrátil).

O Gripen é feito sob medida e ajustado às operações de seu país. A capacidade de operar independentemente de estradas normais, com um mínimo apoio logístico, faz do Gripen o sistema de armas ideal para operações nacionais e internacionais — quer desdobradas, quer não.

Alta confiabilidade e facilidade de manutenção já comprovadas

Um dos objetivos principais do projeto do Gripen foi incorporar facilidade, rapidez e flexibilidade ao seu conceito de manutenção, a fim de atender os atuais requisitos operacionais. Para tanto, o Gripen possui excelentes atributos inerentes de apoio logístico, tais como alta confiabilidade e testabilidade, além de excelentes recursos para manutenção e acesso para o pessoal de terra. A experiência adquirida com o caça em serviço corrobora estes fatos e as tendências prevêem a melhoria dos números atuais.

O Gripen é a aeronave de combate multimissão mais confiável disponível no mundo. Os operadores do Gripen podem estar seguros de que ele apresentará poucos defeitos, ficará pouco tempo parado devido à manutenção e terá um baixo custo no apoio logístico em comparação com as demais aeronaves de sua categoria. Esta superioridade se estende também às suas propriedades de manutenção e testabilidade, condições em que as características inerentes ao projeto do Gripen não apenas possibilitam a oferta de um pacote inicial de apoio logístico com o menor custo, mas também o menor custo de apoio logístico em toda a sua vida útil.

Este fato já foi comprovado por meio de um modelo de estimativa de custos, baseado em custos de aquisição e parâmetros-chave de apoio logístico, como tempo médio entre falhas e homem-hora de manutenção por horas de vôo. Há também dados reais do Gripen, produzidos pelo programa de avaliação do sistema operacional, executado pela Força Aérea da Suécia.

Os dados de concorrentes são obtidos de fontes de domínio público, tais como seminários, sites da Internet e informações de contratantes. O resultado mostra custos operacionais 50% menores do que os de seus concorrentes mais próximos, pois o Gripen é praticamente duas vezes mais confiável, consome menos combustível, é mais fácil de reparar, requer pouco pessoal, poucas peças sobressalentes, menos equipamento de apoio de solo e menos manutenção.

O Gripen foi projetado para ser pilotado sem dificuldades. Por isso seu sistema de treinamento pode ser maximizado para efetivo uso do sistema, ao invés de puro treinamento de vôo. Proporciona a conversão para o tipo de aeronave segura, eficiente e efetiva, sendo flexível o suficiente para permitir treinamento de reciclagem e capacidade para desenvolver a auto-sustentabilidade nacional, no caso dos clientes.

Gripen permanecerá na vanguarda da tecnologia por, no mínimo, 30 anos

O Gripen é um sistema de armas verdadeiramente internacional que incorpora as mais recentes tecnologias do conjunto das maiores industrias de defesa. Fazendo parte da mais nova geração de caças em serviço, no momento, foi projetado para manter uma superioridade operacional contra ameaças presentes e futuras por meio da capacidade de sistemas de reserva destinados a incorporar, facilmente, novos sensores, aviônicos e armamentos.

Seu projeto avançado, associado a um programa contínuo de inserção tecnológica financiado, cobrindo todos os principais sistemas de sensores, aviônicos, comunicação de dados, propulsão e auto-proteção, garante que o Gripen se mantenha à frente das ameaças futuras, conservando e aperfeiçoando sua superioridade operacional.

A Suécia assumiu o compromisso com o futuro do Gripen. Os clientes de exportação também participarão de seu programa de aperfeiçoamento de longo prazo, sendo que — ao contrário de outras plataformas — eles não vão depender apenas de seus próprios recursos financeiros, para desenvolver futuros aperfeiçoamentos. A Gripen International, ao contrário de outros fornecedores, inclui todos os seus clientes e operadores em seus programas de aperfeiçoamento técnico e de suporte. Os avanços tecnológicos são desenvolvidos e integrados, segundo um cronograma planejado junto com seus operadores. Juntos podemos fazer a diferença.


RESUMO TÉCNICO

Dados da aeronave:

Comprimento (excluindo o tubo de Pitot): 14,1 m
Comprimento (modalidade biposto): 14,8 m
Envergadura da asa (inclusive lançadores): 8,4 m
Altura total: 4,5 m
Peso máximo na decolagem: 14 ton
Velocidade máxima: Mach 2.0 e velocidade supersônica em todas as altitudes

Principais Características:

• Aerodinâmica avançada com uma configuração canard-delta fechada.

• Estrutura leve empregando materiais e técnicas de construção avançadas.

• O mais avançado datalink do mundo.

• Sistema de Controle de Vôo fly-by-wire digital, triplex para ótima agilidade em combate.

• Sistemas de aviônicos totalmente integrados, operando através de cinco barras digitais MIL-STD 1553B.

• Avançado layout do cockpit com grandes indicadores multifuncionais em cores (MFD) e controles HOTAS (Hands-On-Throttle-And-Stick).

• Radar de longo alcance Ericsson PS-05/A, multimodal e de pulso Doppler.

• Poderoso motor turbofan, Volvo Aero Corporation RM12, com consumo eficiente de combustível.

• Sistema de Geração de Oxigênio Embarcado (OBOGS) e Reabastecimento no Ar (AAR).

• Baixas assinaturas radar e infravermelho (IR).

• Armamentos pesados e variados cobrindo todos os parâmetros de missão: Ar-Ar, Ar-Terra, Ar-Mar, Reconhecimento e Treinamento Tático Avançado — um mix incomparável de simplicidade e sofisticação.

• Custos operacionais 50% menores que o seu melhor concorrente.

• Manutenção “on-condition”.

• Capaz de operar a partir de estradas comuns e bases dispersas, com um mínimo de pessoal de manutenção e equipamentos de apoio de solo.

Cockpit e Sistema de Displays

O cockpit do Gripen é dominado por três grandes telas multifuncionais em cores (MFD) e um Head-Up Display (HUD) ótico de difração e grande angular com um combinador holográfico. Uma altamente eficiente interface homem-máquina foi integrada no Gripen, com o objetivo de facilitar significativamente a carga de trabalho do piloto, sobretudo em condições de combate. Isso dá ao piloto do Gripen um excepcional conhecimento da situação, garantindo uma eficácia operacional imbatível. Além disso, aumenta o tempo disponível para a tomada de decisões táticas, possibilitando que o piloto use a aeronave e o sistema de armamentos na sua capacidade máxima.

As principais funções de cada tela são:

• HUD (Head-Up Display): proporciona imagens FLIR e informações de visada para armamento superpostas ao mundo exterior, em todas as altitudes.

• FDD (Flight Data Display): fornece dados de vôo e informações de status do sistema sobre o motor, combustível e seções externas.

• HSD (Horizontal Situation Display): fornece dados táticos da missão e de navegação superpostos a um mapa eletrônico com escala selecionável.

• MSD (Multi-Sensor Display): apresenta informações do radar, imagens FLIR e de outros sensores. Os dados de controle de vôo e de fogo também são superpostos.

Radar

O principal sensor de aquisição de alvo/sistema de visada é o radar de longo alcance Ericsson PS-05/A. O radar do Gripen é de pulso Doppler multi-modo, compacto, de longo alcance, alto desempenho, com uma arquitetura modular e altamente confiável, oferecendo alta resolução, excelente desempenho look-down e boa capacidade de Contra-Contra Medidas Eletrônicas (ECCM). Usando tecnologia do estado da arte, inclusive processadores de dados e de sinais totalmente programáveis, o radar é capaz de operar em todos os tipos de defesa aérea, missões de ar-terra e de reconhecimento. O radar incorpora um potencial de crescimento, para cumprir com exigências futuras.

Motor

O Volvo Aero Corporation RM12 é um turbofan da classe 80 KN (18.000lb) de empuxo, modular, eficiente em combustível, de pós-combustão (afterburning) de baixa razão de bypass. Baseia-se no General Electric F-404-400, que atingiu vários milhões de horas de vôo, em operações, no mundo todo - com vários aperfeiçoamentos incorporados pela Volvo, incluindo aumento no empuxo e maior resistência a impactos de aves.

1 Comentários

  1. Esse deve ser o caça escolhido pela FAB como FX2.

    Como já fechou acordo de desenvolvimento do caça de 5a geração com os russos, a FAB pode pensar, agora, na substituição, não só dos Mirage 2000, como também, dos F-5 e A-1.

    Nesse caso, o mais indicado é o Gripen, que já utiliza, ou está apto a utilizar, os armamentos de que dispõe a FAB e os que estão sendo desenvolvidos, como o míssil A-Darter; as principais empresas suecas envolvidas no desenvolvimento do caça já estão no Brasil há décadas; a versão mais moderna vai entrar em operação em 2013, dois anos antes do exigido pela FAB, e terá 40% mais autonomia e trará equipamentos utilizados nos caças de 5a geração; tem manutenção simplificada; pode pousar em estradas ou pistas despreparadas e ser remuniciado e abastecido por uma equipe pequena; enfim... seria a melhor escolha.

    O Gripen desenvolve as missões características dos F-5, A-1 e Mirage 2000, e pode fazer muito mais.

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