Rússia diz ter afundado lancha lançadora de mísseis da Geórgia



A Rússia diz ter afundado neste domingo uma lancha lançadora de mísseis da Geórgia --o barco teria tentado atacar um dos navios russos. Caso confirmado, o episódio pode marcar uma séria escalada da violência entre Rússia e Geórgia, em conflitos na Ossétia do Sul.

O Ministério de Assuntos Exteriores da Geórgia entregou hoje à Embaixada da Rússia uma nota na qual anuncia o fim, a partir de hoje, das operações militares, mas Moscou não está convencido disso e afirma que essas prosseguem na região.

"As lanchas de mísseis georgianas em duas ocasiões tentaram atacar os navios de guerra russos", explicou à agência oficial russa Itar-Tass um porta-voz oficial da Marinha da Rússia.

Os navios russos responderam abrindo fogo e como resultado "uma das lanchas que atacavam foi afundada", afirmou. Não há informações sobre vítimas ou o local exato do confronto.

O subchefe do Estado-Maior da Rússia, general Anatoli Nagovitsin, havia afirmado neste domingo que a frota não participa das hostilidades e também não mantém um bloqueio naval à Geórgia.

Para a parte georgiana, no entanto, a mera presença de navios russos frente às costas da separatista Abkházia já é uma violação de suas águas territoriais no Mar Negro.

Dois dos navios russos que haviam sido enviados a águas territoriais da Geórgia voltaram à Rússia neste domingo e ancoraram no porto de Novorosisk, segundo o governo russo. A Ucrânia havia ameaçado proibir a volta dos navios da frota russa envolvidos no conflito pelo mar Negro.

Tropas da Rússia tomaram a maior parte da capital da Ossétia do Sul hoje. O país intensificou seu bombardeio contra as regiões separatistas e navios de guerra impuseram um bloqueio naval para impedir a entrada de armas e de outros meios militares na Geórgia durante o conflito.

A situação parece repetir a proposta de cessar-fogo imediato feita ontem por Saakashvili várias vezes e sobre a qual repercutiram todos os canais de televisão e agências locais e internacionais, mas que nem a presidência nem os Ministérios de Exteriores e da Defesa da Rússia chegaram a receber "por canais oficiais".

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