Aviões russos chegam à Venezuela para exercícios

Chávez afirma que manobras militares com a Rússia melhorarão a defesa de seu país



AP, AFP E EFE

Dois aviões bombardeiros russos chegaram ontem à base aérea Libertadores, na Venezuela, para realizar exercícios militares no Caribe. As naves supersônicas TU-160 permanecerão na base venezuelana por vários dias, mas as manobras de treinamento serão realizadas sobre águas internacionais.

Em pronunciamento nacional de rádio e TV, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, justificou os exercícios militares com a Rússia como uma forma de melhorar a defesa de seu país. “Estamos interessados em fortalecer nossa capacidade defensiva em cooperação com nossos aliados estratégicos - e a Rússia é um deles”, disse. Chávez insinuou que se está prevenindo contra um possível golpe americano contra seu governo. “Uma nova ofensiva imperial está em marcha, vinda de dentro e de fora. Os planos de golpe de Estado voltam a aparecer.”

O líder venezuelano anunciou que pretende adquirir submarinos russos, como parte de um programa de “defensa integral”, que também incluirá equipamentos de defesa antiaérea.

CONFIRMAÇÃO

Em Moscou, o porta-voz do Ministério da Defesa, Alexander Drobyshevski, confirmou o envio dos aviões supersônicos, mas rejeitou informar se as naves carregam armas e quanto tempo durarão os exercícios. Segundo o porta-voz, caças da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) escoltaram os bombardeiros no trajeto de 13 horas até a Venezuela.

Ainda ontem, a Otan informou que estendeu por mais dias um exercício de rotina de quatro navios no Mar Negro. A Rússia denunciou que a manobra faz parte de um esforço de intimidação do Ocidente por causa do conflito na Geórgia. As relações entre os EUA e Rússia têm se deteriorado desde o início do mês passado, quando começou a guerra na Geórgia. E o envio dos bombardeios russos ao Caribe contraria os interesses de Washington.

Chávez confirmou ontem sua viagem a Pequim nos próximos dias, como forma de dar continuidade a projetos de colaboração com a China. “Em 1º de novembro lançaremos o primeiro satélite da Venezuela. De onde será lançado? Da China”, afirmou em um ato público. China e Venezuela já assinaram vários acordos de cooperação nas áreas de energia, telecomunicações, militar e comércio.

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