Ministro debate estratégia de defesa com os militares



O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, afirmou que vai precisar de “disposição para o sacrifício” para implantar a estratégia nacional de defesa. A declaração foi dada durante rápida entrevista coletiva, na manhã de ontem, no Comando Militar do Nordeste (CMNE), no Curado, Zona Oeste do Recife. O coordenador do Comitê Ministral de Formulação da Estratégia Nacional de Defesa veio à cidade para discutir o plano com comandantes das Forças Armadas.

“Há um vínculo inseparável entre projeto forte de desenvolvimento nacional e projeto forte de defesa nacional. O que está no centro do debate a respeito da defesa é a nossa disposição para o sacrifício e o alcance das nossas ambições”, afirmou. Questionado sobre o grau de entrega que será necessário, Unger foi enfático. “Em última instância, o sacrifício de disposição de dar as nossas vidas.

Mas antes disso, (é preciso dar) tempo de nossa juventude no serviço militar e o sacrifício de dinheiro.”

O ministro não deu detalhes sobre a estratégia, mas adiantou que ela foi dividida em três agendas específicas. “Queremos Forças Armadas altamente qualificadas e uma cultura militar pautada pela flexibilidade. Partimos do trinômio monitoramento, mobilidade e presença.”

Ele ressalta que a segunda proposta é reconstruir a indústria nacional de defesa, privada e estatal, para assegurar a união entre pesquisa e produção avançada. “A terceira é a composição das Forças Armadas. Há um consenso entre os líderes civis e militares de manter o serviço militar obrigatório e aprofundá-lo”, resumiu.

A proposta está nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá divulgá-la em breve, mas ainda sem data definida.

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