Novas manobras russas

Envio de frota é mostra de poderio militar de moscou



O cruzador nuclear Pedro, o Grande encabeça a frota russa que zarpou até a Venezuela, para a realização de manobras navais, informou um porta-voz da armada em Moscou. O envio é a maior mostra do poderio militar russo na região do continente americano desde o fim da Guerra Fria.

A viagem ocorre depois que dois bombardeiros estratégicos da Rússia visitaram a Venezuela. A movimentação parece uma resposta ao envio de barcos de guerra norte-americanos com ajuda à Geórgia, o que irritou o governo russo. Autoridades de Moscou criticaram com dureza a atitude norte-americana no caso.

O Kremlin intensificou recentemente seus contatos com Venezuela, Cuba e outros países latino-americanos, ao mesmo tempo em que aumentam as tensões entre o país e os Estados Unidos. Washington criticou em vários momentos o comportamento russo durante a guerra com a Geórgia, no mês passado.

O porta-voz da armada russa, Igor Dygalo, disse que o cruzador e outros três navios partiram ontem de Severomorsk, base da Frota do Mar do Norte da Rússia. A frota percorrerá 27.800 quilômetros para efetuar manobras conjuntas com a armada venezuelana, indicou Dygalo.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou em entrevista difundida no domingo que busca uma amizade firme com a Rússia. Chávez disse que sua intenção é reduzir a influência norte-americana e manter a paz na região.

Enquanto isso, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, iniciou ontem uma viagem "rápida" por Cuba, China, Rússia, França e Portugal, em busca de convênios que favoreçam "o desenvolvimento" do país e fortaleçam suas relações "estratégicas".

Chávez realiza esta nova viagem, sua segunda do ano, em meio à pior crise diplomática entre Venezuela e Estados Unidos, derivada da expulsão dos embaixadores em cada país e à reiteração de Caracas de que Washington estaria por trás de supostos planos de magnicídio e golpe de Estado no país e em outros da região, como a Bolívia.

Solidariedade

Chávez disse que sua nova visita a Cuba, a terceira do ano, é para estender "a mão e os abraços solidários" da Venezuela ao povo cubano, "muito afetado" nas últimas semanas pela passagem de dois fortes furacões que "arrasaram quase toda a ilha".

Treinador K-8 Karakorum
O governante anunciou que amanhã chegará à China, pela quinta vez desde que assumiu o governo, em 1999, para assinar acordos que aprofundarão as amplas ligações bilaterais, que incluem projetos energéticos conjuntos e o fornecimento, por parte de Pequim, de maquinarias agrícolas e industriais. Também avaliará a possível aquisição de aviões de treino K-8, informou Chávez.

Durante sua visita à Rússia, a segunda este ano, discutirá um empréstimo desse país à Venezuela, disse Chávez, sem dar mais detalhes, e só reiterando o caráter "estratégico" da relação bilateral.

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