Arma nuclear na briga por orçamento

Marinha anuncia que, sem corte de verba, submarino fica pronto em 2021



Ananda Rope,
BRASÍLIA

A briga das Forças Armadas para liberação de R$ 1,8 bilhão de seus orçamentos retidos pelo Ministério do Planejamento chegou ao exterior. Em viagem a Portugal um dia após revelar, em nota oficial a O DIA, que a retenção ameaça o programa nuclear naval, o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, disse que, se nada atrapalhar, o Brasil começa a construção de seu primeiro submarino nuclear no ano que vem.

Usando tecnologia totalmente brasileira, agora que o País “já domina o ciclo do enriquecimento de urânio”, Moura Neto informou que a primeira parte do programa de construção do submarino começará logo após a assinatura de acordo estratégico com a França. A previsão é que a arma de defesa seja concluída em 2021.

O comandante destacou que a Marinha espera contar com orçamento de R$ 5,2 bilhões para os próximos seis anos para que, além de concluir a primeira fase do submarino, construa 27 navios-patrulha para escolta e vigilância do litoral brasileiro e os recém descobertos poços de petróleo na camada de pré-sal. Para ele, as descobertas estão sendo feitas cada vez mais afastadas da costa do País, dentro da Zona Econômica Exclusiva, o que aumenta a necessidade da Força se fazer presente e equipada para garantir a soberania.

Para vigiar os 8,5 mil quilômetros de costa Atlântica, a Marinha conta hoje 48.500 militares, além de poucos equipamentos, como um porta-aviões, um contratorpedeiro, nove fragatas, cinco submarinos convencionais, corvetas e 22 lanchas.

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