Conselho de Defesa será criado até dezembro



O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou segunda-feira, na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro, que até o final de outubro estará concluído o regimento interno do Conselho Sul-Americano de Defesa, que deverá ser criado até dezembro.

O documento deverá ser aprovado em reunião de cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). De acordo com o ministro, desde maio três encontros foram realizados no Chile nos quais representantes dos governos sul-americanos trabalharam na redação do regimento interno do conselho.

Na tarde de segunda-feira, Nelson Jobim abriu a IX Conferência de Diretores de Colégios de Defesa Ibero-Americanos, evento que vai até sexta-feira no Rio de Janeiro sob a coordenação da Escola Superior de Guerra (ESG).

O ministério da Defesa informou que 12 países da América do Sul participam do evento. Jobim lembrou que o Conselho de Defesa será um fórum de discussão entre os países sul-americanos e poderá ser um importante instrumento de integração das bases sul-americanas de defesa.

Segundo ele, “o que queremos fazer é integrar a base industrial de defesa para evitar que um país repita o que o outro está fazendo”, afirmou.

Durante a palestra para os diretores das escolas, ele ressaltou que o conselho contribuirá para a formação de uma identidade sul-americana no campo da defesa.

Para Nelson Jobim, a existência de uma visão regional comum em matéria de defesa reforçará a confiança mútua e afastará percepções equivocadas por meio do maior entrosamento entre as forças armadas da América do Sul.

Na sua avaliação, o conselho apontará maior previsibilidade e segurança à região e ensejará um debate mais amplo da realidade global sob a ótica do hemisfério.

O ministro também defendeu que as escolas e institutos de pesquisa militares promovam um maior intercâmbio com o setor civil de forma a integrá-lo ao debate dos temas de defesa.

“A academia está longe desse debate e precisamos fazer com que essas escolas militares, que têm expertise nas questões de defesa, comecem a se abrir para o setor civil”, defendeu.

Para Jobim, o desenvolvimento de uma mentalidade de defesa na população brasileira é necessário para sensibilizá-la sobre a importância das questões que envolvam ameaças à soberania, aos interesses nacionais e à integridade territorial do país.

“A política de defesa nacional representa um importante marco na possibilidade de parceria entre civis e militares, no sentido de fixar as linhas mestras do planejamento estratégico de defesa para o país”, concluiu o ministro.

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