Ataque israelense mata 42 em escola da ONU


Por Nidal al-Mughrabi

GAZA (Reuters) - Bombas de um tanque israelense mataram mais de 40 palestinos na terça-feira em uma escola da Organização das Nações Unidas onde civis haviam se abrigado, afirmaram médicos, em um massacre que deve intensificar os pedidos internacionais para que Israel cesse com a ofensiva em Gaza.

Uma porta-voz militar israelense disse que buscava informações sobre o incidente na escola Al-Fakhora, no campo de refugiados Jabalya.

Pessoas feridas pelos estilhaços permaneciam em piscinas de sangue na rua. Testemunhas disseram que duas bombas vindas de tanques israelenses explodiram diante da escola, matando ao menos 40 civis - palestinos que se refugiaram ali e moradores de construções vizinhas.

Em um outro ataque na terça-feira, três palestinos morreram em um bombardeio aéreo contra outra escola dirigida pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA).

Com os ataques, o número de civis palestinos mortos apenas na terça-feira subiu para 75, de acordo com autoridades da área médica.

Eles disseram que quatro militantes também foram mortos em combate durante o dia e contabilizaram o total de palestinos mortos desde que Israel iniciou a ofensiva, em 19 de dezembro, em 629.

Mais de 2.700 palestinos foram feridos desde o início da campanha israelense cujo objetivo declarado é pôr fim aos ataques com foguetes do Hamas contra cidades do sul de Israel. Nove israelenses, incluindo três civis atingidos por foguetes, foram mortos no conflito.

Ao menos cinco foguetes disparados a partir da Faixa de Gaza atingiram Israel na terça-feira, incluindo um que atingiu a cidade de Gadera, a 28 quilômetros de Tel Aviv, disse a polícia. Uma menina de 3 anos ficou ferida.

Esforços internacionais buscam um acordo de cessar-fogo que inclua a exigência israelense de que o Hamas não se rearme após o fim das hostilidades.

A maioria das mortes registradas nos hospitais de Gaza nos últimos dias tem sido de civis.

Os militares israelenses afirmaram ter matado 130 militantes desde sábado, quando começou a ofensiva por terra, número que sugere que o total de palestinos mortos desde 27 de dezembro esteja próximo dos 700 e que corpos ainda permanecem nos campos de batalha.

Dez israelenses, incluindo três civis atingidos por foguetes, morreram no conflito. Ao menos cinco foguetes atingiram Israel na terça-feira, entre eles um que chegou à cidade de Gadera, 28 quilômetros de Tel Aviv. Uma menina de 3 anos ficou ferida.

Boa parte dos moradores da Faixa de Gaza, que tem 1,5 milhão de habitantes, sofre com escassez de alimentos, água ou energia. No sul de Israel, as escolas permanecem fechadas e centenas de pessoas correm para os abrigos ao som dos alarmes avisando dos foguetes a caminho.

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