Israel rompe cessar-fogo e ataca região norte da faixa de Gaza



Helicópteros atacaram nesta manhã com metralhadoras a região norte da faixa de Gaza, em resposta a um ataque de milicianos do Hamas, informou o exército israelense. O incidente ocorreu menos de seis horas após o início do cessar-fogo unilateral anunciado por Israel.

Um porta-voz militar israelense disse que nesta manhã um grupo de milicianos atacou o exército de Israel na região norte da faixa de Gaza e estes responderam ao ataque. "Tanques e helicópteros dispararam contra os agressores nas primeiras horas desta manhã", disse o porta-voz.

As trocas de tiros ocorreram nos arredores do campo de refugiados de Yabalia. Vizinhos de comunidades rurais israelenses ao redor da faixa de Gaza confirmaram à emissora pública A Voz de Israel que por volta das 7h (5h da madrugada no horário de Brasília) escutaram o barulho dos primeiros disparos, bem como dos helicópteros pousando em terra.

Trata-se do primeiro incidente armado desde que entrou em vigor às 2h deste domingo (18) (22h de sábado, no horário de Brasília) o cessar-fogo unilateral após 22 dias de ofensiva israelense.

Quando anunciou a trégua unilateral na noite deste sábado, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert chegou a afirmar que se o Hamas continuasse a lançar foguetes, Israel seria obrigado a dar mais uma resposta justificada. "Eu não sugiro que outras organizações nos testem", declarou.

Trégua

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou em anúncio à imprensa, na noite deste sábado, que o país cumpriu seus objetivos em Gaza -- enfraquecer o Hamas e interromper o lançamento de foguetes contra seu território -- e que, por isso, iniciaria uma trégua unilateral.

Na ocasião, foi anunciado que as forças terrestres israelenses, que entraram em Gaza no dia 03, permaneceriam por algum tempo na região, mas sem o objetivo de reocupar o território.

Olmert afirmou que Israel alcançou todos os objetivos da ofensiva em Gaza, a maior operação militar na região desde que retirou as tropas do território em 2005, depois de 38 anos de ocupação. O objetivo declarado da operação foi impedir o lançamento de foguetes do Hamas contra as cidades do sul de Israel.

Mais de 1.160 palestinos, muitos deles crianças e civis, morreram durante os 22 dias de ataques iniciados no dia 27 de dezembro. Treze israelenses morreram no período, sendo dez soldados em ação e três civis atingidos por foguetes lançados pelo grupo radical Hamas, que domina o território.

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