Israelenses prendem militantes do Hamas; feridos morrem à espera de socorro



Nos ataques desta segunda-feira na faixa de Gaza, soldados israelenses prenderam dezenas de palestinos membros do Hamas, segundo informações divulgadas pela rádio pública de Israel.

"Dezenas de palestinos do Hamas foram presos durante as operações terrestres e encaminhados para interrogatórios", informou a rádio. Desde o início da ofensiva em 27 de dezembro, mais de 500 palestinos morreram e 2.500 foram feridos nos ataques na região.

Segundo o "Jerusalem Post", os ataques foram concentrados hoje na região norte de Gaza, onde militantes do Hamas dispararam foguetes contra Israel, enquanto tropas israelenses atiraram contra alvos do movimento radical.

De acordo com a TV Al Jazira, três soldados israelenses morreram hoje no front, na região norte de Gaza. "Durante as primeiras 24 horas de combate em Gaza as brigadas armadas palestinas já mataram 12 oficiais israelenses e feriram outros 48", informou a Al Jazira.

Segundo o jornal "El País", durante o dia de hoje, pelo menos 50 palestinos foram mortos pela ofensiva israelense, sendo várias crianças vítimas. O ministro da Defesa, Ehud Barak, informou que a maioria dos mortos são militares do movimento radical do Hamas.

Mortos

Os feridos estão morrendo na faixa de Gaza enquanto aguardam a chegada das ambulâncias, que são impedidas de fazer seu trabalho devido aos combates, denunciou hoje o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR).

"A situação é extremamente perigosa e a coordenação do envio de ambulâncias está muito complexa devido aos ataques e as operações militares sem interrupção. Alguns feridos morreram enquanto esperavam a chegada do socorro do Crescente Vermelho", disse Dorothea Krimitsas.

O CICR também está muito preocupado com os problemas relacionados ao fornecimento de água à Faixa de Gaza, onde "meio milhão de pessoas, ou a terça parte da população do território, estão sob ameaça de ficar sem água".

"Dez dos 45 poços da faixa de Gaza estão fora de serviço. Dois porque foram atingidos diretamente por ataques aéreos, e os demais porque as bombas d'água não funcionam devido à falta de energia", disse o porta-voz.

Uma equipe médica do CICR, bloqueada desde a sexta-feira passada na fronteira da faixa de Gaza, pode entrar na tarde de hoje no território, pela passagem de Erez (norte).

Os quatro especialistas do CICR, incluindo um cirurgião, devem ajudar o pessoal do hospital de Shifa, principal estabelecimento médico da região, nas operações mais complicadas. O grupo também leva vacinas contra tétano e sangue, segundo o porta-voz.

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