Submarino nuclear vai defender plataforma continental, avalia

Jornal da Câmara

O Brasil precisa investir na construção de seu submarino nuclear para defender as riquezas da plataforma continental brasileira, defendeu em Plenário o deputado Francisco Rodrigues (DEM-RR).

“Principalmente depois da descoberta de petróleo na camada do pré-sal, o País precisa investir em tecnologia de defesa”, afirmou o deputado, lembrando que atualmente mais de 90% da produção nacional de petróleo, mais de 2 milhões de barris por dia, vêm do mar. Rodrigues acentuou ainda que mais de 95% das exportações brasileiras são transportadas por via marítima anualmente, e que as águas jurisdicionais do País contêm uma infinidade de riquezas naturais. Segundo ele, tais recursos devem ficar confiados à Marinha do Brasil, “pois a falta de proteção pode ser um convite a ações lesivas à soberania nacional”.

No caso de submarinos nucleares, explicou o deputado, a fonte de energia é um reator cujo calor gerado vaporiza a água, que faz girar as turbinas. “Essas turbinas podem acionar geradores ou o próprio eixo propulsor, e gera toda a energia necessária para a vida a bordo”, afirmou.

Como são autossuficientes em energia, os submarinos nucleares dispõem de elevada mobilidade, fator fundamental para defesa em águas oceânicas profundas. “Esse veículo pode desenvolver altas velocidades, por tempo ilimitado, cobrindo áreas geográficas consideráveis. Ele é simplesmente o senhor dos mares”, argumentou.

Para 2013 - Francisco Rodrigues lembrou ainda que a Marinha brasileira começou a desenvolver o projeto de construção autônoma de submarinos nucleares ainda na década de 1960. “Nessa época o Centro Tecnológico da Marinha começou a investir em desenvolvimento de tecnologia nuclear com dois objetivos - dominar o ciclo do combustível, o que logrou em 1992, e desenvolver o reator para o submarino”, esclareceu. Conforme disse, o protótipo do submarino está previsto para 2013.

Ainda segundo o deputado, a Marinha brasileira foi uma das primeiras a possuir submarinos – o primeiro foi adquirido em 1914. Até os anos 1950, lembrou Rodrigues, os submarinos eram construídos na Itália, mas desde 1980, o Brasil os compra dos alemães. Nos últimos anos, informou Rodrigues, o Brasil optou por acordos de transferência de tecnologia para dominar a fabricação de submarinos próprios. Atualmente, o acordo está fechado com a França. O País, informou o deputado, já fabricou quatro desses veículos nas bases navais do Rio de Janeiro.

 

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