Nelson Jobim descarta uso de Forças Armadas




Rio - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, descartou nesta segunda-feira, o envio de homens das Forças Armadas Brasileiras à capital de Honduras, Tegucigalpa, para proteger a Embaixada do Brasil, depois que o governo golpista de Roberto Micheletti ameaçou desconsiderar o status diplomático do prédio.

– Não podemos entrar com força em um país estrangeiro. Para entrar com força em um país, só se declararmos guerra. Não há nenhuma possibilidade de pensar em movimentos armados – afirmou o ministro.

Jobim também disse acreditar que o governo hondurenho "terá a lucidez" de determinar a saída de brasileiros do país.

– Os brasileiros vão sair de lá, a questão é como isso vai se desenvolver – acrescentou.

O impasse entre Brasil e Honduras se agravou no domingo, quando o ministro golpista de Relações Exteriores de Honduras, Carlos Lopez Contreras, anunciou que a representação brasileira seria considerada "um prédio privado" se em 10 dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não informasse oficialmente em que condições Zelaya está abrigado.

"Um desastre"

Uma possível invasão da embaixada brasileira em Honduras seria um "desastre", segundo classificou ontem o secretário adjunto da ONU, encarregado de assuntos polítcos, Lynn Pascoe, durante uma entrevista coletiva.

– Será um desastre se ocorrer alguma ação que viole a lei internacional que garante a inviolabilidade da embaixada – disse Pascoe.

O secretário descreveu que o ultimato que o governo golpista liderado por Roberto Micheletti lançou no fim de semana contra o Brasil é uma "séria mudança negativa" da crise em Honduras.

– Este é um problema muito sério para todos nós – afirmou o secretário.

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