Odebrecht fabricará submarino



Andrei Netto

Não são apenas o governo e as companhias da França que lucrarão ao sacramentar os contratos de construção de submarinos no litoral do Rio. A empreiteira Odebrecht terá uma fatia maior do que o imaginado no total de ? 6,7 bilhões que serão desembolsados pelo Ministério da Defesa para equipar a Marinha. Isso porque, além de ter sido escolhida sem licitação para construir uma base naval e um estaleiro, a companhia será ainda parceira do estaleiro francês DNCS na fabricação das embarcações.

A sociedade entre a DCNS e a Odebrecht foi informado no início da noite de ontem, em Paris. De acordo com a empresa francesa, as duas participarão em joint venture da Itaguaí Construções Navais, à qual caberá a construção dos quatro submarinos convencionais Scorpène e a produção do casco de um submarino nuclear. A associação, criada em agosto de 2009, terá capital de R$ 10 milhões, com participação de 59% da Odebrecht e de 41% da DCNS, cujos executivos exercerão o controle da gestão.

Para assegurar a fabricação das embarcações, a Itaguaí empregará 700 operários. A previsão é de que o primeiro Scorpène deixe o estaleiro em 2017. Segundo o presidente do Conselho de Administração da DCNS, a concepção dos submarinos será realizada com a participação das equipes brasileiras. A Itaguaí também assegurará a transferência da tecnologia.

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