Famílias de militares receberão R$ 500 mil

Além de indenização, governo dará bolsas de estudos. Presidente participa de homenagem
 
O Globo
 
BRASÍLIA. Com os caixões perfilados e cobertos pela bandeira do Brasil, na Base Aérea de Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu ontem aos 18 militares mortos no Haiti a Medalha do Pacificador e agradeceu por terem representado o país "com o sacrifício da própria vida".
 
Lula disse que os militares cumpriram a "mais nobre missão" humanitária já feita pelas Forças Armadas brasileiras. Hoje, o governo envia ao Congresso um projeto de lei que cria o auxílio especial e a bolsa de estudos para os familiares dos militares.

O auxílio, no valor de R$ 500 mil, será pago a cada uma das famílias. A bolsa, de R$ 510 mensais, será paga aos dependentes estudantes até os 24 anos. Os militares mortos foram ainda promovidos post mortem.

— A História confirmará que o sacrifício de nossos heróis e a dor das famílias não terão ocorrido em vão — afirmou Lula, que ficou com a voz embargada.

Acompanhado da primeiradama Marisa Letícia e do comandante do Exército, Enzo Peri, Lula cumprimentou os parentes dos mortos, abraçando-os demoradamente.

No discurso, ele lamentou a morte da fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, e do diplomata Luiz Carlos da Costa, vice-chefe da missão de paz da ONU no Haiti. O presidente disse que os brasileiros souberam conviver harmoniosamente com haitianos.

— O soldado brasileiro nunca foi confundido com invasores.

Ao final da cerimônia, os 136 familiares e amigos amparavamse mutuamente.

— Foi tudo muito bonito, mas não adianta — lamentava Camila Martins, viúva do major Márcio Guimarães Martins.

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