Irã anuncia seu escudo antimísseis

Jornal do Brasil
 
Um dia após o Irã comunicar oficialmente à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a decisão de começar a enriquecer urânio a 20%, provocando a ira das potências ocidentais envolvidas na tentativa de negociar um pacto nuclear com a República Islâmica, um alto funcionário da Defesa iraniana anunciou que seu país pretende desenvolver um sistema antimísseis "equivalente ou superior" ao S-300 russo, cujo contrato de entrega a Teerã foi suspenso por Moscou. O anúncio promete atrapalhar ainda mais a relação conturbada entre os aliados dos EUA e o regime dos aiatolás.
 
– Em um futuro muito próximo, nossos especialistas vão produzir um sistema antimísseis que terá a mesma capacidade do sistema S-300, e inclusive maior potência – declarou à agência Irna o general Heshmatola Kassiri, alto funcionário da Defesa antiaérea do país. – Produzimos nós mesmos todos os nossos equipamentos de defesa antiaérea.
 
Em apenas um caso havíamos decidido importá-los. Era o sistema S-300, que os russos não nos entregaram por motivos injustificáveis.

Os países ocidentais e Israel haviam pedido à Rússia que não entregasse o sistema antimísseis ao Irã. Moscou anunciou em 21 de outubro que o contrato estava interrompido. Apesar de possuir extensos laços comerciais com o Irã, a Rússia vem aliando-se cada vez mais às potências na condenação a Teerã pela expansão do seu programa nuclear. A comunidade internacional acusa o Irã de tentar produzir armamento atômico sob o pretexto de um programa nuclear civil, o que o governo iraniano nega.

Poucas horas após o anúncio oficial de Teerã de que o país iniciaria a produção de urânio de alto grau, Estados Unidos e União Europeia expressaram sua preocupação e pediram a união da comunidade internacional na possível aplicação de novas sanções contra o regime.

Afr onta Ignorando a pressão ocidental, o guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, endureceu o tom ontem ao afirmar, em um discurso ante membros da Força Aérea, que o 31º aniversário da revolução islâmica. a ser comemorado nesta quinta-feira, constituirá uma humilhação para os ocidentais.

– A nação iraniana (...) infligirá uma humilhação para a arrogância das potências ocidentais (...) que as deixará estupefatas – declarou o aitolá Khamenei, em seu um discurso aos militares.

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