LM diz que F-35 substituirá o F-15 na USAF

Poder Aéreo

A Lockheed Martin afirmou que a USAF substituirá toda a sua frota de F-15 pelo novo jato de combate F-35A Lightning II. Isto inclui tanto o F-15C/D no emprego de superioridade aérea como os F-15E Strike Eagle.

No entanto, a USAF oficialmente informou que o F-35 substituirá apenas o F-16 e o A-10, complementando as missões de superioridade aérea.

Esta análise foi feita pela própria Lockheed à pedido do grupo britânico Flight International quando este último questionou a empresa sobre o impacto dos cortes propostos pelo QRD (Quadrennial Defense Review) de 2010. Neste caso a USAF ficaria reduzida a 10 ou 11 Alas Aéreas com a função de ataque.

A possível redução do número de Alas da USAF impactaria negativamente na estimada aquisição de 1.763 caças F-35A (versão convencional de decolagem e pouso).

Se a USAF mantiver sua estrutura atual, com o emprego de 72 caças por Ala Aérea, apenas 720 a 792 aeronaves serão necessárias para substituir os atuais F-16/A-10/F-15E.

Nas análises da Lockheed também foram incluídas as Alas Aéreas dedicadas à superioridade aérea. Das seis Alas, duas seriam formadas por caças F-22 e as outras quatro, atualmente equipadas com F-15C/D, operariam o F-35A.

Com a inclusão da superioridade aérea no leque de atividades principais da F-35A a USAF necessitaria reequipar algo como 14 ou 15 Alas Aéreas, ou 1008 a 1080 aeronaves de combate. Além disso, a Lockheed estima que outras 593 a 636 seriam encomendadas. Estes outros jatos seriam empregados em atividades como treinamento, ensaios em voo, estoque e questões relacionadas a taxa de atrição. Sendo assim, nas projeções da empresa norte-americana, o número final de F-35A variaria entre 1.601 e 1.715 caças, número bem perto daquele exposto no início deste texto (1.763).

A questão do emprego do F-35 no papel de superioridade aérea tem sido tema de muitos debates nos últimos anos. Em 2008 o Rand Corporation publicou um estudo bastante controverso afirmando que o F-35 "não gira, não sobe e não acelera" o suficiente para sobreviver em combates aéreos do tipo "dogfight" (curto alcance). Segundo uma fonte da indústria aeroespacial norte-americana, um oficial superior da USAF disse no ano passado que "o JSF não é uma plataforma de superioridade aérea e nós [da USAF] entendemos desta maneira."

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