Defesa: comissão quer analisar impacto de cortes orçamentários

Jornal do Senado
 
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) decidiu ontem solicitar ao ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, informações sobre os efeitos dos anunciados cortes no Orçamento Geral da União para o andamento de programas estratégicos no setor de defesa.

Os senadores querem saber de que forma os cortes orçamentários afetarão a licitação para a compra de três navios-patrulha, o programa de construção do submarino nuclear e a montagem de um reator nuclear pela Marinha.

Da mesma forma, buscam informações sobre o desenvolvimento e a fabricação, pelo comando do Exército, de um veículo blindado sobre rodas, além da aquisição de mísseis antiaéreos leves.
 
A comissão também quer saber como serão afetados os programas da Aeronáutica para aquisição de aviões de combate e de desenvolvimento do avião de transporte médio KC-390.

Autor do pedido, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que preside a comissão, disse ter visitado na semana passada a Embraer, em São José dos Campos (SP), e a Helibras, em Itajubá (MG), para conhecer os projetos de criação do KC-390 e de ampliação da produção de helicópteros no país.

Azeredo advertiu que importantes ações do governo podem ser afetadas pelos cortes, como a aquisição de navios-patrulha, que considera indispensáveis para a proteção das novas reservas de petróleo do pré-sal, localizadas na plataforma submarina.

– Alguns dos projetos, como o KC-390, da Embraer, permitem ampla geração de empregos por meio da exportação – observou.

Para Roberto Cavalcanti (PRB-PB), não podem ser considerados aceitáveis "cortes que atinjam programas estratégicos de defesa".

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