Força aérea pode atacar o Irã

Estado de Minas
 
Telavive – O vice-primeiro-ministro de Israel, Moshe Yaalon, afirmou ontem que, em caso de guerra, a Força Aérea israelense tem capacidade para atacar um país distante como o Irã. Yaalon, que também é ministro para Assuntos Estratégicos, fez o pronunciamento, considerado sem precedentes, durante conferência.

"Não há dúvida de que a capacidade tecnológica (da Força Aérea israelense) melhorou nos últimos anos, aumentando a distância e as possibilidades de fornecimento de combustível (no ar)", afirmou Yaalon. "A tecnologia gerou uma melhora dramática da exatidão, do armamento e da capacidade de inteligência", acrescentou. "Podemos utilizar essa capacidade (da Força Aérea) na guerra contra o terror em Gaza, contra os foguetes no Líbano, contra o Exército sírio e também na guerra contra um país distante como o Irã." Essa foi a primeira vez que Yaalon utilizou o termo "guerra" no contexto do regime islâmico. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, por sua vez, afirmou que o Irã estaria se preparando para cometer um "segundo Holocausto" e disse que "deve-se usar de todos os meios para impedir que isso aconteça".

Os pronunciamentos sobre a possibilidade de que Israel venha a atacar o Irã levaram o presidente americano, Barack Obama, a enviar emissários especiais – o chefe da Central de Inteligência Americana (CIA), Leon Panetta, e o chefe das Forças Armadas americanas, Mike Mullen – para convencer o governo israelense de que o caminho para impedir o desenvolvimento de um projeto nuclear iraniano para fins militares seria por intermédio de sanções.

CISJORDÂNIA No mesmo dia, Israel anunciou a disposição de dar continuidade à construção, nos próximos dois anos, de residências judaicas em Jerusalém Oriental anexada, o que motivou protestos formais dos palestinos junto a Washington. "É evidente que vamos prosseguir com o levantamento de casas nos próximos dois anos em Gilo, Pisgat Zeev, French Hill e outros locais", declarou à rádio pública Yulio Edelstein, ministro da Informação israelense, em referência aos bairros de colonização israelense edificados depois de 1967, na Região Leste, de maioria árabe da cidade sagrada.

A comunidade internacional não reconhece a anexação de Jerusalém Oriental desde sua conquista por Israel em junho de 1967. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) protestou formalmente junto aos Estados Unidos contra a construção, apenas um dia depois do anúncio do lançamento de negociações de paz indiretas.

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