Alex Rodrigues
Da Agência Brasil
Em São Paulo
Da Agência Brasil
Em São Paulo
Várias vezes adiada nos últimos 12 anos, a decisão sobre quem vai fornecer os 36 aviões de caça que o governo brasileiro pretende comprar para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB) ainda vai passar por quem vencer o segundo turno das eleições presidenciais.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse hoje (6), em São Paulo (SP), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve optar, até novembro, por um dos três modelos concorrentes, mas a decisão final não será anunciada sem que antes seja discutida com seu sucessor.
"Tendo em vista que a execução deste programa terá início em 2011, o presidente não quer tomar nenhuma decisão agora porque entende, corretamente, que ela tem que ser tomada junto com o presidente eleito", disse Jobim ao participar de um seminário sobre o reaparelhamento das Forças Armadas.
Reconhecendo a demora na definição do modelo vencedor, Jobim disse que a opção por um modelo não irá significar o fim do processo de compra. "Uma coisa é a decisão presidencial, outra, a conclusão. Escolhida a melhor oferta, os técnicos da Aeronáutica ainda vão se sentar com os representantes da empresa escolhida para negociar as especificações e definir o contrato comercial. Isso leva um tempo e aí, então, será discutido o contrato financeiro. O que pode acontecer é que, no momento em que começarmos a discutir esses contratos, comecem a aparecer obstáculos até então desconhecidos".
Como exemplo, o ministro mencionou as negociações em torno do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha que, mesmo após concluído, ainda precisou de seis meses para definir os ajustes legais.