Base brasileira no Haiti adota medidas para conter cólera entre soldados

Agência Brasil

A base militar que abriga as forças de paz brasileiras no Haiti adotou medidas para evitar a disseminação de cólera entre os soldados que participam da missão. Entre as medidas adotadas para evitar a doença, que já afetou milhares de pessoas e matou cerca de mil no país, está a desinfecção de botas e dos pneus dos carros que circulam pelas ruas da capital Porto Príncipe.
 
Assim que entram nas instalações dos três batalhões brasileiros, militares e visitantes precisam pisar sobre um tapete azul, encharcado com cloro e álcool. Já os veículos militares são parados no portão de entrada e têm seus pneus desinfetados com a mesma substância.

Outras ações, que também evitam a propagação de cólera, já vêm sendo tomadas pelas tropas brasileiras mesmo antes do aparecimento da doença, no fim de outubro, como o uso de álcool gel para a desinfecção das mãos, o tratamento da água usada pelo batalhão e a importação da comida e da bebida consumidas na base.

Segundo o coronel José Carlos Avellar, subcomandante do Brabatt 2, um dos três batalhões brasileiros que compõem a força de paz no Haiti, por enquanto as medidas foram suficientes para manter a base militar livre da doença. Nenhum militar brasileiro foi infectado. “Nós estabelecemos um protocolo que é internacionalmente aceito como eficiente para a prevenção de cólera”, disse.

Avellar explicou ainda que os soldados são orientados a não consumir nenhum alimento fora da base. Caso a epidemia se alastre por Porto Príncipe e os militares sejam levados a atender doentes nas ruas, haverá também um protocolo específico para essa situação.

De acordo com o coronel, se eventualmente um militar for infectado, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), instalada no país desde 2004, está preparada para isolar o paciente do resto do contingente tão logo ele apresente os sintomas da doença.

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