Forças Armadas devem ficar até 11 meses no Complexo do Alemão

Esse prazo foi determinado para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora no local, que já beneficiam 228 mil pessoas no Rio. A mais nova foi inaugurada nesta terça (30), no Morro dos Macacos.

Jornal Nacional

As Forças Armadas deverão ficar até 11 meses no conjunto de favelas do Alemão, no Rio de Janeiro. É o prazo para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora.

Esse programa de policiamento permanente já beneficia 228 mil pessoas no Rio de Janeiro. A mais nova UPP foi inaugurada nesta terça.

Uma convivência que vem dando certo. O Morro dos Macacos está ocupado pela PM desde o mês passado. Os traficantes que dominavam a área fugiram antes da chegada do Bope.

“Andar com tranquilidade, parar num lugar para tomar uma cerveja bem tranquilo, tocar a vida pra frente, ser feliz, porque antes não tinha como”, disse uma moradora.

Há um ano, um helicóptero da polícia foi abatido por bandidos da região. Dois agentes morreram.

Nesta terça, foi inaugurada a Unidade de Polícia Pacificadora e quem assume agora são policiais formados para lidar com o dia a dia da favela.

“O policial aprende a se relacionar com a comunidade e a comunidade, em contrapartida, traz informações essenciais para a segurança da própria comunidade. É um serviço mútuo”, conta o capitão Felipe Barreto, comandante da UPP dos Macacos.

É essa relação que a polícia pretende construir também no Morro do Alemão e na Vila Cruzeiro. O governador Sérgio Cabral confirmou que até outubro de 2011 será instalada a UPP na região. As Forças Armadas vão manter a ocupação enquanto policiais são formados.

Hoje, mais de 2 mil PMs atuam em 13 UPPs. Até agora, a maior de todas é a da Cidade de Deus. A primeira foi a da favela Santa Marta, com seis mil moradores.

Cada UPP tem uma sede, que funciona como um batalhão dentro da comunidade, com policiais em tempo integral.

Em dois anos no Santa Marta, a UPP reaproximou policiais e moradores. Com a maior sensação de segurança, vieram os serviços, os negócios e até os turistas.

O capitão Andrada está no Santa Marta desde o início da pacificação. Ele é o sub-comandante da unidade, que tem 115 soldados. E que não são apenas soldados:

“Não é só reprimir e vigiar, a gente também atua muito dando assistência e resolvendo o problema da comunidade”.

“Todas as questões sociais que estão vindo dentro do mesmo programa. As questões de segurança e saúde estão vindo no mesmo bloco”, disse o morador Paulo Otaviano.

Hoje, os policiais estão mais atentos à movimentação de pessoas estranhas no local. Os próprios moradores estão denunciando que bandidos fugidos do conjunto do Alemão estariam indo para o Morro Santa Marta.

“Até agora recebemos várias denúncias, mas não constatamos ninguém que tenha vindo do Alemão para cá”, finaliza o capitão Andrada.

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