Irã simula ataque aéreo contra instalações nucleares

Opera Mundi / EFE

As forças de segurança do Irã concluíram neste sábado (20/11) os cinco dias de exercício militares de defesa antiaérea.

Neste último dia de manobras, foi realizado um treinamento destinado a repelir um hipotético ataque de aviões não-tripulados contra suas instalações nucleares. Voltaram a ser testadas as baterias antiaéreas de fabricação russa S-200, que o Irã diz ter adaptado para funcionarem como as S-300 compradas em 2005, cuja entrega foi vetada por Moscou devido às sanções impostas a Teerã pelo Conselho de Segurança da ONU.

"Desenvolvemos o sistema melhorando os S-200 e o testamos com sucesso, utilizando todo o potencial e a experiência da Guarda Revolucionária, exército e Ministério da Defesa", disse o brigadeiro Mohammad Hassan Mansourian, da força aérea iraniana, à televisão estatal.

O Irã já havia anunciado na quarta-feira (17/11) que tinha testado "com sucesso" uma versão própria das baterias S-300, consideradas muito mais potentes que os sistemas antiaéreos Tor M-1, comprados pela república islâmica anos atrás. O anúncio levantou suspeitas de analistas militares ocidentais, que consideram este tipo de arma difícil de ser combatido, devido à complexidade de seus sistemas, capazes de detectar e destruir mísseis balísticos.

"A defesa iraniana conseguiu destruir dezenas de aviões não-tripulados inimigos usando mísseis balísticos de curto alcance e artilharia. Também interceptou cerca de 30 aviões de guerra inimigos e os obrigou a fugir", disse Mansourian.

A Guarda Revolucionária iraniana, junto a forças regulares do exército e voluntários islâmicos, iniciou uma série de manobras militares na terça-feira (16/11) para comprovar sua capacidade de defesa antiaérea.

O Irã está submetido desde a década de 1980 a um embargo de armas, que no entanto não o impediu de desenvolver uma potente indústria bélica nacional.

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