Treinador chinês concorrerá no mercado americano

L-15 será proposto à USAF

Área Militar


Se durante a recente visita do presidente da China Hu Jintao aos Estados Unidos, a China voltou a comprar um grande numero de aeronaves Boeing para colocar ao serviço no seu mercado de aviação civil, que está numa fase de enorme crescimento, aumenta a possibilidade de no futuro o movimento ser invertido, com a participação chinesa na concorrência para o programa T-X (Trainer.X) da força aérea norte-americana.

O T-X, pretende escolher para a força aérea um avião ligeiro para treino avançado de pilotos, com capacidade para voo supersónico. A Força Aérea norte-americana pretende adquirir mais de um milhar de aeronaves, que vão treinar os futuros pilotos dos caças F-22 e F-35.

Entre outras propostas para outros programas, os chineses estão a ponderar apresentar a sua versão de caça treinador supersonico avançado, o L-15, que recebeu já a autorização de exportação por parte da estatal AVIC, o consorcio chinês que coordena a exportação de equipamentos aeronáuticos.

O modelo de avião de treino L-15, que é nada mais nada menos que um cópia chinesa do Yak-130 e do italiano M-346, modificada com motores mais potentes, poderia assim concorrer com o próprio modelo italiano, que com a designação T-1000 também está presente na concorrência.

A China deverá escolher um parceiro norte-americano para facilitar a proposta de fornecimento. Os chineses deverão construir o avião e até fornecer os motores (cópias de motores russos) enquanto que o parceiro comercial americano deverá responsabilizar-se pela colocação dos sistemas electrónicos escolhidos pela Força Aérea.

 
Por razões de segurança, esta última adaptação é feita nos Estados Unidos, e será assim, seja qual for o modelo e o fabricante escolhido para fornecer as aeronaves.

A opção por um modelo chinês permitiria reduzir os custos da aeronave, embora a continua compra de equipamentos à China, país com o qual os Estados Unidos mantêm um enorme deficit comercial, pode aparecer como um problema, mesmo ao nível da opinião publica e do congresso norte-americano.

 
Ainda assim, em muitos destes casos, a incorporação de sistemas norte-americanos e de mão de obra norte-americana na fase final da produção, acaba elevando a percentagem de incorporação em termos de valor (que não em termos de horas de trabalho) para cifras acima dos 50%.

No entanto, os chineses ainda recentemente escolheram o seu próprio avião de treino avançado, mas a Força Aérea da China não escolheu o L-15, tendo ao contrário optado pelo muito maior, mas mais barato L-9, fabricado pela Guizhou e que é uma cópia modificada do MiG-21 de dois lugares, que a empresa chinesa já fabricava anteriormente.

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