Falta de armas ameaça eficácia das forças da NATO

Sem bombas guiadas e mísseis, operações contra a Líbia em causa
 
Área Militar


A gradual retirada dos Estados Unidos das operações contra a Líbia, com a redução do orçamento disponível para apenas 40 milhões de dólares, deixou o controlo das operações na mão de um comando da NATO e o principal esforço militar essencialmente nas mãos de britânicos e franceses. Porém estes dois países não têm condições para manter um esforço de guerra sobre a Líbia capaz de substituir os Estados Unidos. O resultado é uma redução drástica das munições disponíveis, especialmente as mais sofisticadas e também mais caras.


Desde há muitos anos, a Europa mantém uma dependência dos Estados Unidos no que respeita à quantidade de munições disponíveis nos stocks europeus.


Na Europa, não é incomum que os equipamentos sejam adquiridos com um número reduzido de munições, que são na maioria dos casos utilizadas em raras operações de treino com fogos reais. As forças utilizam recursos como simuladores e organizam-se de forma a contar com o apoio logístico americano em caso de necessidade.


As munições reais vão sendo gastas à medida que o seu prazo de validade se vai aproximando do fim, e em algumas forças armadas, por razoes de orçamento, nem sequer se realizam todos os exercícios que seriam possíveis, levando à necessidade de destruir munição que já passou do prazo.


A intervenção norte-americana em vários cenários de conflito durante as últimas décadas, permitiu aos Estados Unidos assumir um papel de absoluta liderança, já que a rotação de stocks norte-americana é muito mais rápida e além disso os americanos mantêm stocks de reserva e um numero de munições para exercícios que permite em caso de necessidade fornecer os europeus.


Consequências da saída dos Estados Unidos


A redução da presença americana nas operações sobre a Líbia começou a notar-se logo na primeira semana, com as forças de Kadafi a avançar, sem que os militares da NATO tivessem capacidade para manter a pressão sobre as forças líbias durante os dois ou três dias em que as forças de Kadafi recuperaram todo o terreno que tinham perdido entre Sirte e Ajdabiya.


Essa saída coincidiu com as primeiras notícias sobre fogo contra posições dos próprios rebeldes e com notícias sobre bombardeamentos sobre alvos errados.

Os bombardeamentos iniciais com mísseis Hellfire e Brimstone, bem assim como com mísseis Tomahawk que foram utilizados contra instalações das forças leais ao ditador Kadafi foram eficazes e precisos mas também tremendamente caros.

Tanques junto a hospitais e mesquitas


Os vários países europeus continuam a ter capacidade militar para atacar forças inimigas, o principal problema resulta do facto de, sem as armas mais modernas e mais sofisticadas que permitem bombardeamentos de precisão, o numero de vítimas entre os civis poder aumentar dramaticamente.


Até ao momento tem sido possível evitar que o numero de vítimas colaterais seja muito elevado.


Os mercenários de Kadafi têm colocado as suas posições junto a hospitais, mesquitas e escolas e geralmente junto a alvos habitados, com o objectivo de atrair o fogo dos aviões, esperando que uma bomba erre o alvo, e mate civis, que podem posteriormente ser transportados em manifestações transmitidas pela televisão, mostrando o horror dos bombardeamentos dos cruzados da NATO.

Este tipo de táctica, desenvolvida pelos soviéticos, que sabiam que as forças ocidentais estavam impossibilitadas de efectuar ataques junto a hospitais, foi implementada por exemplo no Iraque com bons resultados, pois sempre que um erro das aeronaves ocidentais ocorria ele era imediatamente utilizado como arma de propaganda.


Entretanto, sem o problema das regras a que estão obrigados os militares dos países ocidentais, Kadafi continua a bombardear sem piedade a população civil de Misratah, utilizando todo o tipo de armamento banido na maior parte dos países europeus.


Brasil Russia e China


Entretanto as ditaduras da Rússia e da China, que se abstiveram de vetar a resolução do Conselho de Segurança presentemente em vigor, mostram-se indisponíveis para apoiar qualquer outra resolução que permita o envio de forças para o terreno ou o apoio directo ao governo provisório de Benghazi. O Brasil, que é comandado por uma simpatizante do ditador Kadafi, está de braço dado com as ditaduras defendendo o regime tirânico de Muamar Kadafi, que prometeu a Dilma Rousseva contratos para as empresas brasileiras em troca do apoio do Itamarati à ditadura líbia.

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