Cultura da segurança na USAF deixa a desejar

Flap Internacional

Segundo a Força Aérea dos EUA, USAF, erro do piloto foi a causa atribuída ao primeiro acidente fatal de um Boeing C-17.

Mas a investigação também detectou grande leniência na supervisão de um piloto que, embora o "astro" na Base Aérea Elmendorf-Richardson, no Alasca, era conhecido por sua agressividade e excesso de confiança nos voos de demonstração em grandes eventos aeronáuticos.

O piloto do C-17, Major Michael Freyholz, e outros três tripulantes, perderam a vida quando o grande transporte militar se chocou com o solo no primeiro minuto de seu show, que deveria durar apenas 12 minutos.

Mas 1 minuto foi o suficiente para Freyholz, deliberadamente, quebrar diversas regras básicas de segurança embora, até então, seus colegas e superiores tivessem tido dezenas de oportunidades para conter sua irresponsabilidade.

É preciso que se diga que o Major era um piloto muito respeitado e admirado por seus pares, o que explica a imunidade que sempre lhe garantiu preparar a demonstrar as mais espetaculares demonstrações de voo em eventos de grande público, inclusive junto com os famosos Thunderbirds e seus F-16 da USAF.

Outro exemplo de falta de cultura da segurança com omissão da cadeia de comando e, de igual repercussão, ocorreu nos idos de 1994 com a perda de um B-52 pilotado pelo Tenente Coronel Arthur Holland, igualmente um grande piloto, quando ensaiava sua apresentação pública.

Em ambos os casos, seus superiores não julgaram necessário enquadrá-los em vista de suas reputações como acrobatas em aviões pesados que não foram fabricados para curvas pronunciadas, G excessivos e atitudes extremas de inclinação com relação aos três eixos.

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