Militares cobram medidas para fortalecer presença nas fronteiras

InfoRel

Nesta quarta-feira, 25, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, reuniu militares e autoridades civis do governo federal para discutir a situação nas fronteiras do país. O Brasil possui 16.886 quilômetros de fronteiras com dez países espalhadas por onze estados e 588 municípios.


Em grande parte delas, não há estrutura policial e de inteligência para coibir os crimes transnacionais. A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) chega a terceirizar pessoal em alguns municípios e na maioria, não tem presença alguma. Apesar das dificuldades, o governo federal lançou a Estratégia Nacional de Fronteiras (Enafron), que pretende coibir a criminalidade por meio de ações conjuntas das Forças Armadas e da Polícia Federal. De acordo com o coordenador-geral da Enafron, José Altair Benites, a Estratégia Nacional de Fronteiras vai ampliar a vigilância na Amazônia por meio de patrulhamento aéreo, terrestre e nos 9.523 quilômetros de rios e canais que separam o país dos vizinhos.

 
Segundo ele, o projeto conta com postos de bloqueio nas calhas dos rios e nas principais rodovias para realização de abordagens de pessoas e embarcações. Dos quase 17 mil quilômetros de fronteira, 7 mil são secas o que facilita a entrada de contrabando, armas pequenas, drogas e até pessoas traficadas. Entre os militares da zona de fronteira, a Marinha conta com 7 mil homens, o Exército com 31 mil e a Aeronáutica com pouco mais de 2.500.

 
O subchefe de operações da Chefia de Preparo e Emprego do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, major-brigadeiro Gerson de Oliveira, explica que a parceria com a Polícia Federal é fundamental, pois as Forças Armadas são voltadas para a inteligência militar, para o combate ao inimigo externo, e não para enfrentar a criminalidade.

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