Dilma enfatiza que comando geral das Forças Armadas no país é seu

Na posse de Amorim, presidente diz que ministro seguirá estratégia

Demétrio Weber
Jailton de Carvalho
O Globo

BRASÍLIA. Ao empossar ontem o ex-chanceler Celso Amorim no Ministério da Defesa, a presidente Dilma Rousseff chamou para si a responsabilidade sobre o comando geral das Forças Armadas do país. A presidente deixou claro que a troca do ex-ministro Nelson Jobim por Amorim não implicará em mudanças na Estratégia Nacional de Defesa. Na mesma linha do antecessor, Amorim defendeu o fortalecimento do aparato militar brasileiro e o respeito aos direitos humanos.

 
- Não tenham dúvida: com o meu apoio e sob o meu comando direto, ele (Amorim) ajudará muito o Ministério da Defesa a vencer os seus maiores desafios, tanto os mais urgentes, os mais conjunturais, quanto os mais estratégicos - discursou a presidente.

Dilma disse que escolheu Amorim para a vaga de Jobim depois de refletir longamente sobre o assunto. Para ela, o ex-chanceler tem qualidades pessoais e profissionais que o credenciam para a nova missão. A presidente sustenta que o novo ministro vai manter os projetos em andamento e, em alguns casos, poderá até acelerar alguns programas.

 
- O convoquei porque tenho convicção de que ele é o homem certo para o lugar certo. Muitos projetos estratégicos para o país e para o nosso futuro estão em andamento lá no Ministério da Defesa.

 
São projetos que não podem, em hipótese alguma, sofrer rupturas, atrasos ou adiamentos - disse Dilma.

 
Em seu discurso, Celso Amorim defendeu o fortalecimento das Forças Armadas. Para ele, existe um descompasso entre a crescente inserção do Brasil no cenário internacional e sua estrutura de defesa, essencial para proteger riquezas do país, entre elas as reservas de petróleo do pré-sal.

 
- Um país pacífico como o Brasil não pode ser confundido com país desarmado e indefeso.

 
Vivemos em paz com os nossos vizinhos. Mas o Brasil é detentor de enormes riquezas e possuidor de infraestruturas de grandes dimensões. Cabe ao Estado brasileiro resguardar extensas fronteiras terrestres e marítimas - disse o ministro.

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