Forças Armadas desencadeiam Operação Ágata

Militares realizam atendimento médico. Descoberta pista de pouso clandestina na fronteira com a Colômbia

Assessoria de Comunicação Social

Ministério da Defesa


Brasília (10/08/11) — A Operação Ágata 1, deflagrada pelo Ministério da Defesa no âmbito do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), detectou uma pista de pouso clandestina e realizou 505 procedimentos médicos com o Navio de Assistência Hospitalar Oswaldo Cruz, da Marinha, nas proximidades da fronteira com a Colômbia. A operação teve início na última sexta-feira (5/8), com o uso de 35 aeronaves (de caça, asas rotativas, transporte e reconhecimento) da Força Aérea e de 3.500 militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A iniciativa integra o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), lançado pela presidenta Dilma Rousseff em 8 de junho.


Uma imagem de satélite realizada pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) detectou a existência de uma pista clandestina para pouso de aeronaves de pequeno porte. A informação foi enviada ao Exército Brasileiro, que conferiu a existência da pista e constatou que estava fora de uso e ocupada, parcialmente, com vegetação de selva secundária, impossibilitando o pouso de aeronaves. Estima-se que a instalação não era utilizada há pelo menos quatro anos, segundo informações da força terrestre.

A Marinha realizou atendimentos médicos que vão desde vacinação até higiene bucal. Somente na última segunda (8) foram atendidas 50 pessoas na comunidade Samaúma, localizada a 32 quilômetros de Santa Isabel do Rio Negro. Vários meios navais realizam ações de patrulha e inspeção naval e atividades cívico-sociais nas calhas dos Rios Solimões, Içá, Japurá e Negro.

A FAB redobrou as suas ações de fronteira durante a Operação Ágata 1. “Nós aumentamos a quantidade de aeronaves e as distribuímos em diversos aeródromos da região. O Grupo Aéreo 444 foi incumbido, pelo Comando Geral de Operações Aéreas (Comgar), de realizar missões de reconhecimento armado, buscando descobrir instalações e pistas clandestinas e manter o policiamento das fronteiras de maneira que nós consigamos inibir os ilícitos na região”, acentuou o coronel aviador José Maurilo Machado de Lima.

Colômbia e Brasil compartilham uma fronteira de 1.645 quilômetros. Localizada na Amazônia, em áreas de difícil acesso, a área sofre a ação do narcotráfico, da mineração ilegal, da biopirataria e do contrabando de fauna e flora. Os dois países assinaram, no dia 4 de agosto, na cidade de Tabatinga, um acordo para criação da Comissão Binacional Fronteiriça (Combifron) e adoção de Plano Binacional de Segurança Fronteiriça. No documento, adotaram mecanismos coordenados para combater o crime organizado e garantir a proteção e defesa dos recursos naturais e da biodiversidade da zona de fronteira amazônica.

Cerca de 11 milhões de brasileiros vivem nos 710 municípios da faixa de fronteira. Dos 16 mil quilômetros da linha limítrofe, 9,5 mil são permeados por rios que nascem nos países vizinhos e descem em direção ao território nacional, servindo como rotas de atuação do crime organizado. Para enfrentar o problema, os ministérios da Defesa e da Justiça definiram 34 pontos de vulnerabilidade, que serão cobertos pelas Forças Armadas em sucessivas edições da Operação Ágata.

O Plano Estratégico de Fronteiras também tornou permanente a Operação Sentinela, coordenada pelo Ministério da Justiça desde 2010. Também serão instalados gabinetes de gestão integrada de fronteira (GGIF) nos dez estados brasileiros que fazem divisa com outros países. Corumbá (MS) e Foz do Iguaçu (PR) já possuem essas unidades que integram e articulam o trabalho dos órgãos de segurança pública federais, estaduais e municipais.

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