Operação na Líbia acabará em três meses, diz general da Otan

Segundo o comandante da aliança militar, tropas leais a Kadafi estão isoladas, mas ainda ameaçam civis em Sirte

O Estado de SP


O comandante das operações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na Líbia, o general canadense Charles Bouchard, disse ontem que a missão da aliança militar no país pode terminar nos próximos três meses. Mas ele acrescentou que as tropas leais ao ditador foragido Muamar Kadafi ainda ameaçam a população civil.

 
"Confio muito que podemos completar essa missão no cronograma estabelecido pela Otan", disse. Na quarta-feira, a aliança atlântica aprovou a ampliação da missão na Líbia por 90 dias. 


"Nos encontramos em um estágio que as forças do regime devem se render", acrescentou. "Mas as forças de Kadafi continuam perigosas e atacando a população civil."
 
Trégua. Nos últimos dias, as tropas do Conselho Nacional de Transição (CNT) tomaram o controle de Sabha, importante reduto kadafista no sul da Líbia. A luta continua em Bani Walid e Sirte, terra natal do ditador. Ontem, os rebeldes fizeram uma pausa nos confrontos para reabastecer suas tropas com munição e armas.

 
"Paramos por uma semana para coordenar melhor a operação", disse o comandante militar do CNT em Sirte, Mustafa ben Dardef. A linha de frente está a 30 km do leste da cidade. Os combatentes também pediram auxílio da Otan para atacar posições de Kadafi nessas duas cidades.

 
O porta-voz do ditador foragido, Ibrahim Moussa, acusou ontem o CNT e a Otan de terem matado ao menos 151 pessoas nos últimos dois dias em Sirte.

 
Ainda ontem, autoridades tunisianas prenderam e condenaram a 6 meses de prisão o ex-premiê de Kadafi Al-Baghdadi al-Mahmoudi. Ele tentava chegar à Argélia e foi detido por entrar ilegalmente na Tunísia. / AP, AFP e REUTERS

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