GTA realiza a última expedição de buscas de 2011 na região da Guerrilha do Araguaia

Xambioá (TO), 28/10/2011 – Expedição do Grupo de Trabalho Araguaia (GTA), composta por representantes do Ministério da Defesa, Ministério da Justiça, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, com participação de familiares, está realizando escavações no cemitério de Xambioá, Tocantins, em busca de restos mortais de participantes da Guerrilha do Araguaia, episódio que ocorreu entre 1972 e 1974.

O GTA nesta expedição também realiza buscas em Marabá, Pará, na área do antigo INCRA, atual Secretaria de Agricultura dessa cidade. Relatos informam que essa área teria sido utilizada como estrutura de apoio das Forças Armadas no combate à Guerrilha do Araguaia.

A presente expedição do GTA conta com a participação de peritos da área de antropologia forense, odontologia, geologia, geofísica, medicina legal e arqueologia. Ainda, conforme designação do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, participa das atividades de buscas o procurador da República, Ivan Cláudio Marx.

Esta é a quarta expedição deste ano, tendo se iniciado no último domingo (23), com conclusão prevista para o dia 4 de novembro. A suspensão das atividades do Grupo decorrerá do período de chuvas na região, incidentes nessa época, que interferem nas atividades periciais.

A busca e localização dos restos mortais dos desaparecidos da Guerrilha do Araguaia foram determinadas por sentenças da 1ª Vara Federal e também da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Informações obtidas em documentos e depoimentos de testemunhas de pessoas que viveram na época da guerrilha indicam que o cemitério de Xambioá pode ter sido um dos locais de enterro de corpos de guerrilheiros.

Com base nessas informações, o Grupo de Trabalho Araguaia concentrou grande parte das explorações de 2011 no cemitério de Xambioá. Restos mortais possivelmente pertencentes a quatro participantes da guerrilha foram exumados e transportados para Brasília, em expedições anteriores, onde estão sob análise pericial do Instituto de Medicina Legal do Distrito Federal (IML-DF) e do Departamento de Polícia Federal.

Fonte: Ministérios da Defesa, Justiça e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

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