Força aérea brasileira encontra velejador holandês que se perdeu na Bacia de Campos



O veleiro foi encontrado com a vela mestra abaixada, mas ainda com duas velas em cima e navegando. Foto: FAB/Divulgação


UOL Esporte

O velejador holandês Albert Deschipper, de 72 anos, foi encontrado por um avião da FAB, a Força Aérea Brasileira, a 315 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro. Deschipper partiu da Holanda a bordo de um veleiro de 13 metros em uma viagem que deveria durar pouco mais de um mês pelo Atlântico até a ilha de La Paloma, no Uruguai, onde sua mulher esperava por ele. Depois de uma escala para abastecimento em Cabo Verde, no dia 19 de outubro, o velejador conseguiu chegar em águas brasileiras, mas se perdeu na área da Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro.

Ainda não ficou esclarecido se houve falha nos equipamentos ou se foi imperícia do comanddante, o que é pouco provável, já que na navegação descendo a costa brasileira em alto-mar não tem grandes segredos para navegantes experientes. Mesmo assim, o holandês ficou à deriva no mar durante dois dias.

A FAB divulgou um comunicado no qual esclarece que o avião usado na localização, um P-3AM Órion, tinha menos de dois meses de operação e passou com sucesso por seu batismo de fogo. O veleiro foi encontrado na terça-feira, dia 22, mas a FAB só divulgou as informações ontem, quarta-feira.

“A missão foi desenvolvida em duas etapas. Uma na parte da manhã, indo até as 13 horas, e outra na parte da tarde, perfazendo um total de 10h40 de voo”, explicou o piloto da aeronave e Chefe de Operações do Esquadrão Orungan, Tenente Coronel Paulo Rogério Sobrinho, comandante da aeronave.

Ainda segundo a FAB, a localização do veleiro foi possível graças aos equipamentos de ponta de que dispõe a aeronave. Para encontrar o veleiro, de nome Rolleman, a tripulação utilizou os modernos sensores eletrônicos do P3-AM, como o radar e o flir, além da busca visual.

“Pelas dimensões, a embarcação era difícil de ser visualizada, já que possuía apenas 13 metros de comprimento. Mas a tripulação tinha experiência em busca e salvamento e utilizou os recursos do P-3AM. Além da busca visual, empregou a busca radar”, explica o Tenente Coronel Sobrinho. “Participar de uma missão dessa natureza e salvar uma vida é uma grande satisfação. O sucesso foi mérito de todos os participantes da equipe”, complementa o oficial. 


A aeronave responsável pela localização, modelo P-3 AM Órion estava em operação há menos de dois meses

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