Para evitar ataques terrestres, EUA testam novo helicóptero não tripulado no Afeganistão

Slobodan Lekic
Da Associated Press
Em Cabul (Afeganistão)

Os militares dos EUA estão testando um novo drone (aeronave não tripulado): um helicóptero conduzido sem piloto que deve ser usado para transportar carga para locais distantes onde ataques a bomba ameaçam o acesso de comboios pelas estradas do Afeganistão.

Drones de vigilância usados para monitorar a atividade de inimigos e drones equipados com armamentos para ataques aéreos tornaram-se uma marca dos EUA em seus combates no Afeganistão, Iraque e em regiões do Oriente Médio. Mas esta é a primeira vez que um helicóptero projetado para transporte será usado.

Um equipe de 16 técnicos e oito marines está avaliando dois modelos de helicópteros Kaman K-MAX, em Camp Dwyer, na província de Helmand, Afeganistão, por um período de seis meses.

A aeronave já participou de 20 missões de transporte desde seu voo inaugural, em 17 de dezembro, disse o major Kyle O'Connor. Os militares americanos entregaram cerca de 18 toneladas de carga, principalmente refeições prontas e peças de reposição, por meio do drone.

"O Afeganistão é um país altamente minado e a possibilidade de se deparar com dispositivos explosivos é sempre um problema quando se pretende levar carga por terra por meio de comboio de veículos", disse O'Connor.

"Toda carga que conseguirmos tirar de um comboio terrestre reduz o perigo e o risco enfrentados pelos nossos fuzileiros, soldados e marinheiros", disse ele. "Com um helicóptero não tripulado, até a tripulação não corre riscos".

Um computador de bordo carrega os planos da missão, mas um operador na base de controle monitora o drone e pode substituir o piloto automático para a operação manual.

A versão tripulada do helicóptero K-MAX apareceu pela primeira vez na década de 1990, e o protótipo sem piloto foi lançado em 2008. Ele pode transportar uma carga máxima de 3.100 kg e custa cerca de US$ 1.100 por hora para operar.

Depois de um período de teste de seis meses, os militares vão determinar se a aeronave entrará em operação regular.

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