Pequeno gênio da matemática

Estudante de 11 anos, aluno do Colégio Militar da Capital, é primeiro lugar em olimpíada brasileira

Zero Hora

Em abril, a presidente Dilma Rousseff deverá apertar a mão e entregar uma medalha de ouro ao aluno do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) Guilherme Goulart Kowalczuk, 11 anos.

Ele é campeão nacional do nível um da 7ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep 2011).

A Obmep tem três níveis, conforme a escolaridade. Na 6ª olimpíada, o Colégio Militar também sagrou-se campeão nacional no nível um, com Pedro Henrique da Silva Dias.

– Somos bicampeões – brinca o coronel Leonardo Araujo, chefe da comunicação social da instituição.

Guilherme cursa o 8º ano do Ensino Fundamental. Os resultados foram divulgados no início da semana. Nos três níveis, alunos das escolas gaúchas ganharam 32 medalhas de ouro. O CMPA arrematou 13 delas. Uma foi para Daniel Bossle, terceiro lugar nacional no nível três. As provas ocorreram em junho e setembro de 2011.

O principal incentivador de Guilherme é o pai, Sandro Kowalczuk. O analista de sistemas diz que o menino surpreende pela facilidade com que resolve problemas de matemática.

– Nunca pensei que fosse gostar tanto da matemática. Foi uma boa surpresa – descreve.

Em 2009, Sandro e a mulher, Cintia, analista de pessoal, começaram a pesquisar escolas para matricular o filho. No ano seguinte, o menino entrou para o CMPA. Apesar do corpo franzino, adaptou-se à rotina quase espartana da escola.

A sétima edição da Obmep envolveu, na primeira fase, 18,7 milhões de alunos, de 44,6 mil escolas, abrangendo 98,9% das cidades brasileiras. O Estado conquistou ainda 44 medalhas de prata, 75 de bronze e 1.865 menções honrosas.

ENTREVISTA: GUILHERME GOULART KOWALCZUK, campeão de matemática

“O segredo é muito exercício”

Aluno do Colégio Militar de Porto Alegre, Guilherme Goulart Kowalczuk, 11 anos, é um menino de corpo franzino, olhar atento, que adora matemática – estuda duas horas por dia. Na 7ª Obmep, ficou com a primeira colocação no Brasil. No início da tarde de ontem, em uma das salas do colégio, ele, conversou com Zero Hora:

Zero Hora – Parte dos estudantes acha a matemática chata.

Guilherme Goulart Kowalczuk – Não é chata. É interessante porque, ao contrário de outras, em que uma pergunta pode ter várias respostas, matemática só tem uma que é certa.

ZH – Como foste atraído para a matéria?

Guilherme – Meu pai me dava cálculos para resolver e acabei achando interessante.

ZH – De que matéria não gostas?

Guilherme – História. Tem muita conversa. A matemática só precisa entender como se faz o cálculo.

ZH – O que tu recomendas para quem tem dificuldade em aprender matemática?

Guilherme – O segredo é fazer muito exercício. E se desafiar, resolvendo os problemas mais difíceis.

1 Comentários

  1. É, mas se ele encontrar um tenente que faça ele carregar 100 kg nas costas numa instrução de salvamento de feridos, de nada adianta ser bom em matemática.

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