Ocidente se prepara para enviar armas à oposição Síria

Correio do Brasil
Por Redação, com Vermelho - de Moscou

Embora muitos considerem que isso ocorra já há algum tempo, o Ocidente se prepara para enviar um lote de importantes apetrechos bélicos para grupos armados sírios, indicaram nesta quinta-feira, meios de comunicação de Moscou.

O carregamento incluiria sistemas antiaéreos, lança-foguetes portáteis e metralhadoras de grande calibre, além do envio de mercenários através de países vizinhos, como a Turquia, declarou um alto funcionário russo, citado pela agência RIA Novosti.

A existência de tais suprimentos foi motivo, em várias ocasiões, de denúncias do governo sírio, que tem chamado a atenção para a postura de Moscou, que rechaça as palavras de ordem de um “final vitorioso” por meio das armas da oposição.

O Ministério do Exterior russo reiterou em várias ocasiões nas últimas semanas que, em vez de entregar suprimentos para a oposição síria, as nações ocidentais deveriam usar seus mecanismos de influência para sentar todos na mesa de negociações.

No entanto, o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, deixou entrever em uma intervenção no Parlamento que várias nações ocidentais se preparam para reforçar o fornecimento de equipamento militar à oposição Síria.

Hague defendeu inclusive o fornecimento de armas quase diretamente para a Síria, em uma confirmação de que várias capitais europeias e dos Estados Unidos estão se movendo na direção oposta aos seus compromissos no âmbito da Conferência de Genebra, realizada em 30 de junho.

O anúncio do referido evento, acordado pelo chamado grupo de trabalho, reconheceu a necessidade de um fim imediato das hostilidades, tanto por parte do exército sírio, quanto dos grupos armados, e do início de um processo político.

Passa isso, as partes em conflito deviam nomear parlamentares para um diálogo nacional entre sírios, sem condições prévias, o que deve determinar a composição, a forma e as funções de um órgão político transitório.

A Rússia critica as tentativas do Ocidente de dar por morta a letra do comunicado de Genebra e propõe aprovar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que contenha seus postulados, mas o Ocidente descarta essa possibilidade.

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