Marinha da China chega à Malásia

Chineses mostram capacidade de projeção

Área Militar


Uma força naval da marinha do exército popular de libertação, a marinha chinesa, chegou nesta quinta-feira às águas da Malásia numa área conhecida como rochedos «James», a apenas 80km da costa da Malásia e a 1800km da China.

A força pretende não só demonstrar a capacidade da marinha chinesa para enviar destacamentos anfibios para localizações longe da china continental, mas também demonstrar que a China não abre mão de reclamar vastíssimas regiões do mar do sul da China, com base em alegados direitos ancestrais dos pescadores chineses.

Força naval chinesa

 
As forças enviadas pela China têm o comando a bordo do navio logístico Jing-gang-shan da classe Kunlun-shan e junto segue pelo menos um contra-torpedeiro de defesa aérea e uma ou duas fragatas.


A Malásia é o menos afetado dos países limitrofes, mas ainda assim a imprensa do país mostrou-se alarmada com a situação e com o facto de a China continuar a sua afirmação de expansão não se coibindo de enviar forças navais para fazer exercícios à vista do território de outros países.

As pretensões chinesas são contestadas por praticamente todos os países da região, que se veriam praticamente encerrados em águas chinesas.

A China envolveu-se já num confronto diplomático com o Vietname e com as Filipinas. A Malásia é o terceiro dos países da região a ter um conflito com a China mas é o mais afastado de todos.

Os problemas nos mares do sul da China aparentam ser um potêncial foco de conflitos e problemas, com todos os países da região a adquirir armamentos e a modernizar as suas forças armadas.

Os dois maiores países da região, o Vietname e as Filipinas já demonstraram por várias vezes a sua oposição às pretensões chinesas e procuraram aliados de peso.


As Filipinas contam com o apoio indisfarçado dos Estados Unidos enquanto que o Vietname conta com o apoio indireto da Índia, tendo cedido a empresas deste país direitos de exploração no que considera ser a sua Zona Económica Exclusiva.

Os Estados Unidos têm tentado manter uma posição de equidade para não acirrar os ânimos e criar problemas, embora tenham cedido às Filipinas alguns navios da sua Guarda Costeira. Já a India declarou oficialmente que poderá defender as plataformas de prospeção de gás natural que estão nas águas da ZEE do Vietname, as quais são reclamadas pela China.
 

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