Batalhões sírios se organizam para lutar por Colinas de Golã com apoio do Hezbollah

Correio do Brasil
Por Redação, com agências internacionais - de Damasco

Um grupo de militantes palestinos disse, em Damasco, que está formando batalhões de combate enfrentar as tropas israelenses, na tentativa de retomada do território ocupado por Israel, especialmente as Colinas de Golã, depois que o presidente sírio Bashar al-Assad e o Hezbollah disseram que apoiariam a operação.

O Comando Geral da Frente Popular pela Libertação da Palestina (PFLP-GC) disse estar se preparando para novas operações depois de quase 40 anos de silêncio na fronteira da Síria com Israel. O grupo, considerado terrorista pelos Estados Unidos e outros países do Ocidente, era mais ativo nas décadas de 1970 e 1980, mas continua influente entre os palestinos na Síria e no Líbano.

“A liderança da PFLP-GC anunciou que vai formar brigadas para trabalhar a favor da libertação de todos os territórios violados (ocupados por Israel), começando pelas Colinas de Golã. Os líderes da Frente Popular abriram a porta para que todos os cidadãos sírios se ofereçam como voluntários para formar a resistência”, disse o grupo, em nota divulgada neste sábado.

Israel lançou uma série de ataques aéreos em Damasco na semana passada, o que aumentou ainda mais a já crescente tensão na região, quando a guerra civil da Síria se espalha lentamente por suas fronteiras, cada vez mais permeáveis e caóticas.

Fontes da inteligência disseram que Israel está tentando impedir que o Irã mande armas destinadas aos militantes xiitas do Líbano e ao grupo político Hezbollah. Assad é um aliado importante dos poderes xiitas no Irã, e, acredita-se, que ele serve como um canal de envio de armas para o Hezbollah, no vizinho Líbano.

Assad e seu pai, que governou por 30 anos, antes dele, mantiveram a tranquilidade nas Colinas de Golã apesar de um estado oficial de guerra entre os dois países e o apoio da Síria aos militantes do Líbano em Gaza. Os bombardeios à capital síria, Damasco, deixou um saldo de mais de 300 mortos e centenas de feridos.

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