Fuzileiros navais em ação

Operações contra terrorismo realizadas pela marinha simulam resgate de refém, detecção de bombas com auxílio de cães farejadores e tomada de embarcações consideradas hostis 

O Globo

Resgate de refém, bomba química, tomada de navio hostil... O dia de ontem foi agitado para os fuzileiros navais, que fizeram simulações em mais um dia de treinamento da Marinha para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

A operação de resgate de refém foi a que mais chamou a atenção. O treinamento aconteceu no Complexo Naval da Ilha do Governador (CNIG), com o Grupo Especial de Retomada e Resgate, do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais.

A simulação começou com a descida da equipe de um helicóptero. Em solo, os oito militares começam a ação rumo a uma casa onde estavam o "refém" e dois sequestradores. A tomada só aconteceu, porém, após um primeiro tiro ser dado. O alvo: um sequestrador representado por um boneco posicionado como sentinela no teto da construção que servia de cárcere.

Um dos dois atiradores de elite disparou, e a cabeça do boneco voou pelos ares. Foi o sinal para o resto da equipe entrar e resgatar o refém, com o uso de granadas sonoras e de fumaça.

- É uma operação que tem de levar até dois minutos - explicou o capitão de mar e guerra Rogério Ramos Lage, comandante do Grupamento de Operações Especiais.

Outras equipes participaram de simulações de detecção de bombas com auxílio de cães farejadores, de descontaminação de equipamentos e feridos por explosivos químicos.

O treinamento se estendeu até a Baía de Guanabara, com mergulhadores de combate simulando a tomada de uma embarcação - no caso, o navio Macaé. A equipe invadiu a embarcação e rendeu a tripulação do "navio hostil" em menos de cinco minutos.

Para a JMJ, a Marinha estará com seu Grupamento de Segurança Marítima na costa fluminense com nove navios e 20 outras embarcações. Equipes do Batalhão de Operações Especiais e do grupo de mergulhadores de combate ficarão de prontidão em Guaratiba durante a visita do Papa Francisco.

Ainda no mesmo bairro, por ordem do governo federal, a Marinha terá poder de polícia para fazer vistorias e revistas.


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