EUA estudam corte de ajuda militar ao Egito

Washington nega e diz que futuro da relação com o Cairo será anunciado nos próximos dias

O Estado de SP


WASHINGTON - Um funcionário de alto escalão do governo americano, citado pela agência de notícias Reuters e pela CNN, disse ontem que Washington estuda cortar a ajuda militar dos EUA ao Egito em razão da violência contra manifestantes. A Casa Branca afirmou que definirá o futuro da relação com o Cairo nos próximos dias.

O funcionário americano, que pediu para não ser identificado, disse que a Casa Branca ainda não avisou o governo interino do Egito de maneira oficial. Os EUA já teriam cortado parte da ajuda militar em agosto e teriam suspendido ou diminuído o envio de material militar para o Cairo.

Um segundo funcionário do governo disse à Reuters que a decisão já teria sido tomada, mas o anúncio oficial seria feito em algum momento nesta semana. Ele lembrou, porém, que a medida já foi adiada outras vezes.

Contudo, a Casa Branca tentou amenizar o impacto da notícia. Caitlin Hayden, porta-voz do governo, afirmou que o presidente Barack Obama, em discurso na Assembleia-Geral da ONU, deixou claro que a ajuda militar ao Egito continuaria. "As notícias sobre o corte da ajuda militar ao Egito são falsas."

Os choques entre forças de segurança e manifestantes começaram em julho após a destituição do presidente Mohamed Morsi, ligado à Irmandade Muçulmana, principal grupo islâmico do país. Desde então, 2 mil membros da organização foram presos. Em agosto, ao menos mil morreram depois que as forças de segurança abriram fogo nas ruas do Cairo.


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