EUA apoiarão luta contra Al Qaeda no Iraque sem enviar tropas, diz Kerry

Os Estados Unidos vão fornecer suporte ao governo do Iraque e às tribos que lutam contra militantes ligados à Al Qaeda


Arshad Mohammed | Reuters
De Jerusalém

Os Estados Unidos vão fornecer suporte ao governo do Iraque e às tribos que lutam contra militantes ligados à Al Qaeda na província de Anbar, mas não enviarão tropas ao Iraque, disse o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, neste domingo (5).

Militantes islâmicos ligados à Al Qaeda e guerrilheiros tribais assumiram o controle de Ramadi e Falluja, as principais cidades da província de Anbar, dominada por muçulmanos sunitas e que faz fronteira com a Síria, o que representa um desafio às autoridades do governo, liderado por xiitas. Tropas iraquianas e líderes tribais aliados tentam retomar a província.

Ao falar com repórteres em Jerusalém, Kerry disse que os EUA estão preocupados com os acontecimentos em Anbar, que foi o principal centro de resistência contra os EUA após a invasão do Iraque pelos norte-americanos em 2003.

Enquanto alegou que irá ajudar o governo do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, Kerry deixou claro não haver hipótese sobre o retorno de tropas dos EUA ao Iraque. Os EUA se retiraram do território iraquiano em 2011 após não conseguir chegar a um acordo com o governo de Maliki.

"Esta é uma luta que pertence aos iraquianos", disse ele. "Nós não contemplamos colocar soldados em solo. Esse é um conflito deles, mas vamos ajudá-los em sua luta."

Kerry negou fornecer detalhes sobre que tipo de assistência será prestada pelos EUA a Maliki, a quem Washington pediu repetidas vezes para compartilhar o poder com a minoria sunita - em parte com o intuito de prevenir uma nova insurgência sunita contra o governo central.


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