Na ONU, Rússia diz que não quer uma guerra com Ucrânia

O embaixador da Rússia na ONU disse nesta quinta-feira, em reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que Moscou "não quer uma guerra com a Ucrânia".


BBC Brasil


Vitaly Churkin respondeu ao premiê interino ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, que lhe perguntou se os russos buscavam um conflito armado.

"A Rússia não quer uma guerra, nem os russos", respondeu. "Estou convencido de que os ucranianos tampouco. Não interpretamos a situação nesses termos e não queremos uma escalada (dos conflitos)."

Churkin culpou o governo interino de Kiev pelo racha no país - entre grupos pró-Ocidente e pró-Rússia - e defendeu a realização do referendo, neste domingo, na região autônoma da Crimeia (pleito considerado ilegal por potências ocidentais, mas aprovado pelos parlamentos local e russo).

No referendo, a população local - em sua maioria, de origem étnica russa - votará se quer permanecer sob o governo ucraniano ou ser anexada pelo governo de Moscou.

Já o premiê ucraniano afirmou que seu país é vítima da "agressão russa", mas agregou que "temos a chance de resolver este conflito de maneira pacífica".
Confrontos

Enquanto busca-se uma saída diplomática para a crise, crescem as tensões na Ucrânia.

Em Donetsk, no leste do país, violentos confrontos entre manifestantes deixaram ao menos uma pessoa morta e diversas outras feridas.

Relatos dão conta que grupos de manifestantes que gritavam slogans pró-Rússia se enfrentaram com outro grupo, que protestava contra a interferência militar russa na Crimeia.

Segundo a TV ucraniana, alguns participantes levavam consigo facas e barras de metal.

Em Kiev, confrontos semelhantes deixaram feridos também nesta quinta-feira.

Nesta sexta, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, têm um encontro - uma tentativa final de encontrar alternativas à crise antes da realização do referendo de domingo.


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