EUA pedem que a Rússia deixe de desestabilizar a Ucrânia

No domingo, prédios em cidades no leste foram tomados por manifestantes.
Candidata à presidência da Ucrânia diz que Rússia orquestrou invasões.


Do G1, em São Paulo

O governo dos Estados Unidos pediu nesta segunda-feira (7) ao presidente russo, Vladimir Putin, a deixar de "desestabilizar" a Ucrânia e manifestou sua "preocupação com a escalada" da tensão no país pela crescente pressão russa. "Estamos prontos para aprovar novas sanções contra a economia russa", declarou ainda o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, segundo a agência de notícias France Presse.

Os ativistas pró-Moscou que ocupam desde domingo (6) o principal edifício do governo local de Donetsk, na região leste da Ucrânia, proclamaram nesta segunda uma "república soberana". Segundo a agência Interfax, os manifestantes decidiram organizar um referendo referendo de soberania regional até 11 de maio. O site de notícias local Ostrov afirma que os ativistas pediram para integrar a Federação Russa. Prédios governamentais em outras cidades da região, como Luhansk e Kharkiv, também foram ocupados.

A candidata à presidência da Ucrânia Yulia Tymoshenko visitou a cidade de Donetsk nesta segunda-feira e afirmou que os protestos foram forjados pela Rússia. "Essas pessoas podem ser divididas em duas categorias. A primeira é de membros das forças especiais da Federação Russa. A segunda é de pessoas contratadas por eles, e eles se comportaram de uma maneira bem agressiva", afirmou Tymoshenko, de acordo com a agência Reuters.

O porta-voz da Casa Branca também levantou suspeitas sobre os manifestantes por trás do levante de domingo. "Vimos grupos de manifestantes pró-Russia ocupar prédios governamentais nas cidades do leste Kharkiv, Donetsk e Luhansk. Existem evidências fortes sugerindo que alguns desses manifestantes sejam pagos e não sejam residentes locais", afirmou Carney durante entrevista coletiva.

"Se a Rússia mover para dentro do leste da Ucrânia, seja em ações abertas ou secretas, isso seria uma escalada muito séria. Pedimos ao presidente Putin e seu governo que cessem todos os esforços de desestabilizar a Ucrânia e alertamos contra novas intervenções militares."

O presidente russo, Vladimir Putin, tem exaltado a ação do Exército praticamente sem violência na tomada da Crimeia depois que a população local decidiu se juntar à Rússia em um referendo realizado no mês passado, mas a morte do militar pode elevar a tensão entre Rússia e Ucrânia.


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